Construção cria mais 21,4 mil vagas
Texto: Redação Revist Anamaco
Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, mostram que a indústria da construção abriu 21.449 empregos em junho, o que representa um crescimento de 0,74% em relação ao número de empregados no setor em maio. Com esse resultado, no primeiro semestre, foram gerados 180.779 novos empregos no setor (6,58%) e no acumulado de 12 meses até junho, 168.182 (6,09%).
Ao final de junho, a construção empregava 2.932.370 trabalhadores com carteira assinada no País. A construção foi o quinto setor que mais abriu empregos no mês, atrás de serviços (87.708), comércio (33.412), indústria (32.023) e agropecuária (27.129).
De acordo com o Caged, o saldo entre admissões e demissões em todos os setores da atividade econômica no País resultou na abertura de 201.705 empregos em junho. Deste total, 10,6 % corresponderam aos da indústria da construção.
Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, destaca que a construção reforçou sua importância como empregadora massiva de mão de obra no primeiro semestre, apesar das incertezas e adversidades que interromperam a queda dos juros e abalaram o ânimo dos investidores. “Para que esse crescimento se sustente será muito relevante que o Senado e o Planalto cheguem a um acordo e definam as medidas e os recursos necessários destinados a manter a desoneração da folha de pagamentos este ano”, comenta Estefan.
Ele lembra que o acordo precisa ser feito até 11 de setembro, de acordo com decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal STF), para que a reoneração da folha seja feita somente a partir de 2025. A construção é um dos 17 setores da atividade econômica que podem optar pela desoneração.
Dos empregos gerados pela construção em junho, 1.252 situaram-se em São Paulo. Além do Estado paulista, os que mais abrir postos de trabalho no mês foram: Minas Gerais (3.203), Pará (3.065), Paraná (1.963), Rio de Janeiro (1.946), Maranhão (1.440), Mato Grosso (1.230) e Goiás (1.220). No sentido inverso, Alagoas, Roraima, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal fecharam empregos no setor.
Foto: Adobe Stock