Indústria de material de construção projeta cenário melhor para novembro
O Termômetro da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção (Abramat) indica que a maior parte do empresariado do setor prevê um cenário de recuperação para novembro e os próximos 12 meses.
Segundo pesquisa entre os associados entrevistados, 56% consideram que o desempenho de vendas para o mercado interno em novembro será bom. O recente crescimento do segmento em setembro reflete a melhor percepção sobre fatores como a instabilidade econômica e política, que contribuíram para a falta de perspectiva positiva da indústria de material de construção nos últimos anos.
Para o mercado externo, a indústria não mostra otimismo, nem pessimismo. Dentre os entrevistados, 53% acreditam que o mês apresentará desempenho regular. Entre os demais, 7% preveem o período como muito bom e 27% o consideram potencialmente bom, enquanto outros 13% o projetam como ruim.
Walter Cover, presidente da Abramat, lembra que a crise política e econômica ainda afeta o humor do empresariado. Mas, as sucessivas reduções na taxa de juros, embora ainda alta, e a manutenção de uma inflação baixa nos últimos meses fizeram com que o consumo das famílias aumentasse, proporcionando uma perspectiva mais positiva para a construção civil.
O estudo ainda revela que apenas 4% das empresas enxergam com otimismo as ações do governo para o setor da construção civil. A lenta recuperação do setor também se reflete nas previsões de investimento para os próximos 12 meses, com 60% das empresas declarando que pretendem investir seja em aumento de capacidade ou na modernização dos meios de produção. No mesmo período, em 2016, a estatística marcava 38%. ”Não vivemos uma situação de euforia, mas o mercado já vem dando sinais de melhora. É importante que o governo exerça seu papel enquanto indutor do investidor e incremente sua atuação de combate à sonegação fiscal, que além de trazer mais isonomia competitiva no mercado, possibilita uma maior arrecadação e capacidade de investimento em obras públicas”, finaliza Cover.