SindusCon-SP age para frear alta de preços dos insumos e material de construção
Texto: Redação Revista Anamaco
Não bastasse a pandemia de coronavírus, que fechou lojas e paralisou a produção em muitas indústrias logo no início da crise sanitária, o setor da construção está enfrentando outro problema: a escalada dos preços dos insumos e do material de construção.
A gravidade do assunto foi tema de uma reunião virtual, em 10 de setembro, do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ), do Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), conduzida por Fabio Villas Bôas, coordenador do CTQ, com a participação de Odair Senra, presidente da entidade.
Na ocasião, ficou claro que a indústria rejeita esses aumentos, pois o segmento entende que o momento não é de aumentar preços, mas sim de manter as obras e elevar a oferta de empreendimentos imobiliários, atendendo aos consumidores finais e gerando novos empregos.
De acordo com o SindusCon-SP, a entidade está se movimentando em ações que incluem reuniões com a Secretaria de Concorrência e Produtividade do Ministério da Economia e o Procon de São Paulo.
Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do Sindicato, destacou a importância de também se pressionar o poder público pelo prosseguimento das reformas e por disciplina fiscal, para sinalizar aos investidores que o País é confiável e, desta forma, voltar a elevar o número de fabricantes e fornecedores de insumos e produtos. “Precisamos fazer as reformas para o Brasil crescer. Entretanto, estamos cavando uma sepultura mais profunda com a questão fiscal. Não temos história de disciplina fiscal, outros países sim e podem aumentar seu endividamento. Produzimos pouco e qualquer aumento da demanda vai virar inflação”, alertou, ao comentar que o aumento de preços no atacado já está pressionando os preços ao consumidor.
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