99,9% não é 100%
Texto: Redação Revista Anamaco
A cidade de Passa Quatro, no sul de Minas Gerais, foi o local escolhido para a realização de mais uma edição do Encontro Nacional de Redes Associativas (Enare). Promovido pela Federação Brasileira das Redes Associativistas de Material de Construção (Febramat), o evento, aberto oficialmente em 08 de maio, acontece até o próximo sábado (dia 11) no Mira Parque Hotel e tem como anfitriã a Rede Construai (MG).
Com o objetivo de discutir temas ligados ao setor da construção e ao associativismo, além de dar a oportunidade de aprendizado e reciclagens aos empresários e colaboradores, o encontro tem uma grade de programação de contempla desde a realização de salas temáticas, com temas que envolvem marketing, RH, negociação e governança corporativa, atém palestras envolvendo temas que podem ser aplicados no dia a dia das organizações.
Para uma plateia interessada, composta por cerca de 300 pessoas oriundas de 19 redes associadas de 14 Estados brasileiros, Marcos Scaldelai foi o responsável pela palestra “99,9% não é 100%”. Baseada no primeiro livro e best-seller de Scaldelai, durante sua apresentação o palestrante mostrou dicas essenciais para uma carreira de sucesso, sempre valorizando a própria essência e frisando a importância da autenticidade, ousadia, acessibilidade na liderança e do “pensar fora da caixa”.
Ele também contou um pouco de sua trajetória em grandes empresas, mostrou cases de sucesso relevantes no mundo empresarial e abordou as quatro características que acredita ser os diferenciais de um grande líder: visão de empreendedor, senso de urgência, brilho nos olhos e excelência. “Se o empresário tiver essa atitude e conseguir essa atitude dos seus funcionários, tenha certeza de que teu caminho é de ascensão”, garantiu.
No que diz respeito à visão de empreendedor, Scaldelai destacou que para isso não é preciso ser o dono do negócio, mas precisa agir como se fosse. Segundo ele, o proprietário só consegue o sucesso quando consegue fazer com que os seus funcionários tenham o DNA da empresa e pensem como se fosse o dono. “Se algum funcionário disser que veste a camisa da empresa, você pode mandar embora na hora. Vestir a camisa você veste hoje e, amanhã, troca pelo concorrente. Agora, quando tem no sangue, isso não sai do funcionário”, destacou, acrescentando que o funcionário tem de ser guerreiro, determinado e focar na solução.
Já o senso de urgência foi a forma que encontrou para explicar que os empresários devem querer tudo para ontem, ter essa “sirene” ligada o tempo inteiro e pensar no todo. Segundo ele, é esse o sentimento que o proprietário tem de levar para a equipe. “A pessoa que tem a condição de bater a meta, mas não bate para deixar a venda para o mês que vem e também porque acha que a exigência será maior no próximo mês deve ser mandado embora. Tudo o que puder fazer agora, faça. Não deixe para amanhã e transmita isso aos funcionários. A venda é hoje. Temos de proporcionar o sentimento de resultado, valorizar decisões rápidas e pensar fora da caixa”, ensinou.
Nesse sentido, frisou que a empresa tem de ter atitudes diferentes em relação à concorrência. Na sua percepção não é o só o dinheiro que faz uma empresa. Importante também é saber o que se está criando de diferente.
Ter brilho nos olhos foi outro ponto tratado por Scaldelai. E ter brilho nos olhos, segundo ele, não é apenas ser carismático. O dono da empresa precisa ser otimista. “Aquele cara que busca o crescimento e carrega esse movimento. Quem trabalha com você tem de te olhar como exemplo. E você tem de ser o exemplo. Não é só dar ordens. É fazer também. É muito importante ser o líder pelo exemplo”, explicou.
O palestrante ressaltou que quem não é visto não é lembrado. Por isso, o empresário tem de fazer diferente, para ser reconhecido e ter relevância no local onde atua.
Scaldelai observou, ainda, que o empresário deve montar um time de excelência para estar ao seu lado porque sem isso, o sucesso não vem. “Se o funcionário não está apresentando resultado, não importa quanto tempo ele tem de casa. Ele não serve mais. O maior desafio é escolher a equipe certa. Procure outro funcionário. Troque quantas vezes forem necessárias, mas tenha o melhor time que você puder ter”, frisou.
Foto: Grau 10 Editora