Abramat eleva projeção de crescimento para 2024
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulgou hoje, 18 de junho, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, em maio, o faturamento total deflacionado da indústria de material de construção elevou-se em 2,9% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Na análise da entidade, o resultado positivo reflete a recuperação e o fortalecimento do setor ao longo dos últimos meses.
No entanto, sobre abril, houve retração de 3,6%, devido a ajustes sazonais esperados após o crescimento significativo registrado nos meses anteriores. Esse ajuste é visto, pela Abramat, como uma correção natural do mercado após o aumento expressivo de 7,8% registrado em abril.
Nesse cenário, o material básico e de acabamento mostraram desempenhos diferenciados. Enquanto o primeiro registrou alta de 1% sobre maio de 2023 e ligeira queda de 1,6% comparado a abril deste ano, o segundo registrou crescimento robusto de 6,2% em relação a maio do ano passado, embora tenham sofrido uma retração de 5,4% na comparação mensal com abril.
Apesar da retração mensal, os números anuais estão em crescimento contínuo, reforçando a resiliência da indústria, o que contribuiu para revisão da expectativa de faturamento em 2024 para alta de 3%. No acumulado até maio, o setor registra incremento de 4,1%, sinalizando um bom desempenho frente aos desafios econômicos.
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, frisa que a alta de maio é um indicativo de que a indústria de material de construção está em uma trajetória de recuperação e fortalecimento. Segundo ele, o setor continua otimista e a nova projeção de crescimento mostra impulsos pela retomada de investimentos em infraestrutura e construção civil, além de haver no horizonte políticas governamentais relacionadas ao setor, visando geração de emprego e renda de forma mais rápida. “Temos muitos desafios pela frente, não só no nosso setor, mas para todos os segmentos da indústria brasileira e continuaremos a trabalhar em conjunto com nossos associados, outras entidades setoriais e os governos na busca do crescimento sustentável", finaliza.
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