AkzoNobel reaproveita lodo industrial na fabricação da tinta Coral Pinta Piso - Revista Anamaco

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AkzoNobel reaproveita lodo industrial na fabricação da tinta Coral Pinta Piso

Texto: Redação Revista Anamaco

A AkzoNobel anuncia um avanço em seu compromisso com a sustentabilidade e a economia circular por meio do reaproveitamento de lodo industrial na fabricação da tinta Coral Pinta Piso. Com a implementação desse projeto na unidade de Mauá (SP), a empresa elimina o descarte em aterros e contribui para a preservação de recursos naturais ao substituir matérias-primas virgens por resíduos industriais tratados.
Elaine Poço, diretora de Pesquisa & Desenvolvimento e Sustentabilidade da AkzoNobel LATAM, explica que, atualmente, cerca de 30% do total do lodo gerado no tratamento de efluentes industriais da empresa (livre de esgoto sanitário ou biológico) é aproveitado para a formulação da Pinta Piso. E o que não é utilizado diretamente no produto é transformado em briquetes para recuperação energética, garantindo uma destinação ambientalmente correta e alinhada com as metas de zero resíduos para aterro da companhia.
O lodo é utilizado para formular os tons mais intensos como cinzas, vermelho e verde. Além do Brasil, o produto é comercializado em países como Bolívia, Paraguai, África do Sul, Suriname, Gambia e Reino Unido. “Essa iniciativa pioneira no segmento de tintas contribui com o objetivo da empresa de atingir 100% de circularidade até 2030. O uso do lodo industrial como matéria-prima, aliado ao reaproveitamento de água, que também é realizado na unidade de Mauá, reduz a demanda por extração de novos recursos e contribui para a redução de, aproximadamente, 260 toneladas de emissões de CO2 anuais, equivalente à capacidade de absorção de mais de 30 mil árvores”, afirma a diretora.
A executiva destaca que o reaproveitamento do lodo faz parte de um projeto ainda maior. Segundo ela, toda a água utilizada pela fábrica de Mauá tem origem na Reserva Coral Tangará, seja por meio de umas de suas 22 nascentes, seja por ser uma área de recarga da água subterrânea.
A Reserva é uma área dentro da fábrica de Mauá com 700 mil m², o correspondente a 70 campos de futebol, e que registra cerca de 125 espécies de fauna. No início do projeto, havia apenas 5% de vegetação nativa e, após um projeto voluntário de reflorestamento, manejos e cuidados constantes, estima-se que 90% da área seja de Mata Atlântica. “O cuidado continua após o uso na produção fabril, pois há uma estação própria de tratamento de efluentes, gerando água tratada em forma líquida e lodo físico-químico em estado sólido”, pontua.
Elaine lembra que, ainda que a legislação permita tratar e dispor o efluente líquido em um curso d’água, a AkzoNobel reconhece o valor da água, e fez, nos últimos anos, um investimento de R$ 13 milhões  na estação de tratamento de efluentes, o que permite o reuso de 100% da água tratada nos processos e produtos, graças à membrana de ultrafiltração que retém até mesmo vírus e bactérias.

Foto: Divulgação

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