Anamaco faz videoconferência com o varejo
Texto: Redação Revista Anamaco
Teve início hoje, 08 de maio, a série de quatro videoconferências (talks) realizadas pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) com empresários do setor convidados a avaliarem os novos rumos do segmento a partir da crise atual.
O primeiro encontro contou com o diretor Geral da Leroy Merlin, Alain Ryckeboer, e do diretor da Normatel, Antônio Mello Junior, e teve como tema “Varejo Pós-Covid”. As incertezas são muitas neste momento e os empresários procuraram traçar as transformações que deverão ocorrer ao final da pandemia.
Com operações no Estado do Ceará, o diretor da Normatel revelou as estratégias da companhia para enfrentar as duras restrições de circulação impostas pelo Governo, que obriga a empresa a manter fechadas todas as lojas da Rede. “Por não termos um canal de comércio eletrônico e vendas digitais fortes, sentimos bastante essa crise, com vendas de 30% em comparação a um mês normal”, lamenta Mello Junior.
O que permitiu algum resultado até a decretação do lockdown no Estado, hoje, foi a intensificação dos contatos via WhatsApp. “Antes, já incentivávamos uma interação entre clientes e vendedores e quando a loja fechou, isso estourou. Aos clientes novos, divulgamos outro número, direcionado aos vendedores, cujo acesso cresceu rapidamente”, contou o diretor da Normatel.
Com a maior restrição, agora, às operações do comércio e a não consideração do setor como essencial, a expectativa é de piora ainda maior nos negócios.
A Leroy Merlin, por sua vez, que chegou a ter suas 42 unidades fechadas, nos 12 Estados em que atua e no Distrito Federal, tem, atualmente, 40 delas em operação, exceto Fortaleza (CE) e Niterói (RJ).
Na avaliação de Ryckeboer, a boa estrutura de comércio digital da empresa foi fundamental para a manutenção do atendimento aos clientes. “Percebemos que os consumidores estão comprando mais produtos para a melhoria da casa e não para construção mais pesada e o fluxo nas lojas está maior durante o dia e não mais à noite, como antes”, revela o executivo.
Apesar das realidades diferentes, ambos os empresários, no entanto, concordam quanto às transformações que podem ocorrer no pós-pandemia. A maior valorização da casa, maior preocupação com o bem estar, o acentuado aumento do comércio eletrônico, bem como a necessidade das empresas de se prepararem para um novo varejo, agora mais digital e um público mais informado. Otimistas, a crença é que o setor saia mais forte e passe a ter ainda mais relevância para consumidores.
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