Anfacer cria iniciativa para impulsionar o desenvolvimento sustentável
Texto: Redação Revista Anamaco
O Brasil desempenha um papel de liderança no mercado mundial de cerâmicas. De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicas para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (Anfacer), o País é o terceiro maior produtor do mundo. A média de vendas nos últimos anos foi de 800 milhões de metros quadrados, dos quais 706 milhões foram distribuídos no mercado interno e 94 milhões de metros quadrados exportados.
A nova visão estratégica setorial está alicerçada na sustentabilidade associada à inovação. Para isso, a entidade, prepara um programa com o objetivo de estimular e orientar a gestão para o desenvolvimento sustentável no segmento. O programa, intitulado Iniciativa Anfacer + Sustentável, será lançado oficialmente durante a Expo Revestir, que acontecerá entre os dias 12 a 15 de março em São Paulo.
De acordo com Antonio Carlos Kieling, Superintendente Anfacer, o programa vem sendo desenvolvido desde 2016 e, além de contribuir para a melhoria da gestão das empresas, pretende atender à demanda crescente do mercado greenbuilding, bem como contribuir para uma maior participação da cerâmica brasileira no mercado internacional. “A Iniciativa Anfacer + Sustentável vai oferecer mais valor para a indústria da construção no País”, afirma.
A iniciativa valeu-se, até o momento, de duas ferramentas importantes para acelerá-la. A primeira é a Análise de Ciclo de Vida Setorial (ACV) e a segunda, o Inventário de Emissões do Setor. A ACV avalia os impactos ambientais causados pelo processo de produção do revestimento cerâmico. “A técnica analisa o produto desde a obtenção da matéria-prima até o descarte, passando pela fabricação e pelo consumo. Com isso, será possível aperfeiçoar a gestão ambiental e tomar medidas para diminuir o impacto ambiental do produto”, afirma a engenheira Amanda Neme, consultora técnica da Iniciativa Anfacer + Sustentável.
A ACV, portanto, é uma ferramenta que considera muitos impactos, tais como a matéria prima, as fontes de energia, a água, as emissões de gases, os resíduos, as embalagens dos produtos, entre outros.
O Inventário de Emissões do Setor, por sua vez, é uma ferramenta que permite ao medir suas emissões de gases de efeito estufa e tomar medidas de redução e mitigação. “Nas últimas décadas o setor alterou sua matriz energética para o gás natural, que é mais eficiente e limpo. Além de permitir uma evolução tecnológica e o aumento da produtividade”, diz Amanda, acrescentando que optar pelo gás natural contribuiu para evitar a emissão de 4,6 milhões de toneladas CO2 na atmosfera. “É como salvar do desmatamento uma área de florestas equivalente a 8.861 campos de futebol”, afirma.
O programa vali além e pretende, também, estimular a inovação setorial perante as demandas da sustentabilidade. Fomentando assim soluções disruptivas e a competitividade do setor. “É nossa contribuição, como classe setorial de grande importância na economia do Brasil, diante dos desafios globais da sustentabilidade”, firma Mauricio Borges, diretor Executivo Anfacer.
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