Apesar do cenário econômico desafiador, Dexco faz balanço positivo de 2023
Texto: Redação Revista Anamaco
A Dexco, detentora das marcas Deca, Portinari, Hydra, Duratex, Castelatto, Ceusa e Durafloor, registrou EBITDA ajustado e recorrente pro-forma de R$ 1,4 bilhão no ano de 2023, com margem EBITDA de 18,9%. Somado aos resultados do negócio de Celulose Solúvel, representado pela LD Celulose, joint venture com a austríaca Lenzing, o EBITDA foi de R$ 2 bilhões no ano, crescimento de 4% na comparação com 2022. A Receita Líquida foi de R$ 7,4 bilhões no consolidado do ano, queda de 13% na comparação com 2022, enquanto o Lucro Líquido recorrente pro forma foi de R$ 649 milhões no ano de 2023, sendo R$ 278 milhões das operações da LD Celulose, o que representa uma retração de 21% na comparação com o ano anterior.
Antonio Joaquim de Oliveira, CEO da Dexco, salienta que foram números resilientes, mesmo diante do contexto econômico desafiador para os segmentos de atuação da empresa. “No final de 2023, presenciamos o início da queda da taxa de juros no País, contudo, o Brasil continua com o segundo maior juro real do mundo. Essa queda lenta e gradativa ainda não foi suficiente para beneficiar o setor de material para construção, diretamente impactado pelos juros”, observa.
Segundo o executivo, o mercado de painéis de madeira apresentou melhora e o segmento de acabamentos, uma redução da tração de queda. “Em suma, o período foi importante para deixarmos a empresa mais preparada para um novo cenário de mercado, após o momento super acelerado da pandemia. Estamos com uma estrutura mais resiliente para os próximos passos”, explica Oliveira.
No quarto trimestre, a empresa apresentou um arrefecimento do ritmo de queda do mercado de material para a construção e um ritmo de venda no setor de painéis consistente. A Dexco fechou os últimos três meses de 2023 com Receita Líquida de R$ 1,9 bilhão (+10,2% comparado ao 3T23 e -2% quando comparado ao 4T22). O EBITDA ajustado e recorrente do quarto trimestre de 2023 foi de R$ 561 milhões, já incorporando os R$ 157 milhões de contribuição da LD Celulose, que operou o ano todo com excelentes níveis de qualidade e ocupação fabril e terminou o 4T23 com um avanço importante na curva de produtividade da operação. O Lucro Líquido do trimestre foi de R$ 168 milhões, já incorporando os R$ 90 milhões de contribuição da LD Celulose (-33% contra o 4T22).
A divisão Madeira, com as marcas Duratex e Durafloor, por sua vez, apresentou EBITDA ajustado e recorrente de R$ 1,4 bilhão no consolidado do ano (+18% na comparação com 2022). No quarto trimestre, o EBITDA foi de R$ 439 milhões, um novo recorde de EBITDA trimestral na divisão, com avanço sequencial de market share de painéis e negócios florestais otimizando a rentabilidade dos ativos. Já a Receita Líquida foi de R$ 4,8 bilhões no ano, redução de 7% na comparação anual. No trimestre, a receita líquida foi de R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 3% em relação ao 4T22. “Mesmo com os desafios setoriais no primeiro semestre, a empresa vivenciou uma recuperação no setor de painéis e finalizou o ano com o melhor trimestre da história da divisão Madeira, com avanço sequencial em market share de painéis. A estratégia de manter ótima capacidade da divisão, com altos níveis de ocupação fabril e negócios florestais, mais do que compensou os impactos de retração de mercado e ações estruturantes de Acabamentos”, destaca Francisco Semeraro, CFO da Dexco.
A divisão de celulose solúvel, representada pela LD Celulose, joint venture entre a Dexco e a austríaca Lenzing, contribuiu de maneira relevante para o EBITDA anual da Dexco, com R$ 613 milhões. Para 2024, a Dexco segue confiante com os resultados da LD Celulose.
A divisão Acabamentos para Construção apresentou melhora de mix, mas ainda sentiu os efeitos das condições desafiadoras do mercado. A unidade de Louças e Metais, com as marcas Deca e Hydra, registrou EBITDA ajustado e recorrente negativo de R$ 15,6 milhões em 2023. No quarto trimestre, a unidade apresentou EBITDA negativo de R$ 26 milhões. “Fizemos revisões importantes do footprint fabril, conseguimos uma melhor equalização de estoques, e também realizamos uma gestão efetiva de capital de giro, o que proporcionou geração de caixa. No curto prazo, isso impacta em custo e, por consequência, em uma redução do EBITDA, mas para o médio e longo prazos, são iniciativas importantes para garantir que a companhia esteja mais resiliente e forte para o futuro”, explica Semeraro.
Já a divisão de Revestimentos, que atua com as marcas Ceusa, Portinari e Castelatto, apresentou uma melhora gradual de market share ao longo do ano, alavancada por iniciativas comerciais, e apresentou EBITDA ajustado e recorrente positivo de R$ 8 milhões no consolidado anual. No quarto trimestre, a unidade registrou EBITDA negativo de R$ 8 milhões.
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