Após dois meses de alta, vendas no varejo de matcon recuam - Revista Anamaco

Termômetro Anamaco

Após dois meses de alta, vendas no varejo de matcon recuam

Texto: Redação Revista Anamaco 

Com os resultados analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar o Termômetro Anamaco de setembro.
De acordo com o estudo, no mês, os varejistas de material de construção indicaram que houve piora nas vendas na comparação com agosto em todas as regiões do País. Os números revelam que, depois de dois meses de melhora, as assinalações de alta nas vendas no mês corrente diminuíram seis pontos percentuais, recuando de 27% no mês anterior para 21% das respostas em nível nacional. Por sua vez, as assinalações de queda aumentaram de 20% para 33% no mesmo período.
Na comparação interanual, no entanto, houve ligeira alta das vendas. Em setembro de 2022, as avaliações otimistas sobre as vendas correntes alcançaram 18% do total de respostas, enquanto as pessimistas representaram de 34%.
Quando a pesquisa analisa as expectativas para as vendas nos próximos três meses, as assinalações otimistas mantiveram-se em 62%. Em setembro de 2022 esse indicador era de 53%. Considerando as grandes regiões, a despeito do aumento de assinalações de queda nas vendas em todas, nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, a percepção de melhora mitigou parcialmente esse movimento e a diferença entre a alta e a queda manteve-se positiva.
O levantamento mostra, ainda, que o movimento de queda nas vendas foi especialmente forte nas regiões Sudeste, Sul e Norte. No Sudeste, 37% dos estabelecimentos indicaram piora, enquanto apenas 19% apontaram aumento. Dessa forma, a diferença que em agosto foi positiva (7 p.p) passou para -18 p.p .
Dinâmica semelhante ocorreu no Sul onde a diferença passou de 8 p.p para -16 p.p. e no Norte, passando de 13 p.p para -9 p.p. Nas regiões Nordeste e Centro-Oeste, os saldos positivos ficaram em 2 p.p e 5 p.p, respectivamente.
No que diz respeito às expectativas para os próximos três meses, Nordeste, Sul e Sudeste estão mais otimistas, enquanto o Centro-Oeste apresenta a menor diferença entre assinalações de alta e queda. Na comparação com agosto, essa diferença se reduziu ainda mais, passando de 49 p.p para 40 p.p. Vale destacar que nessa comparação, o saldo cresceu apenas nas regiões Sudeste (4 p.p) e Norte (2 p.p).
A piora do cenário corrente se refletiu no Termômetro que passou de 107 pontos para 89 pontos entre agosto e setembro, alcançando o pior resultado desde abril. A média móvel trimestral teve novo recuo, passando de 102,7 para o nível de neutralidade (100). Ainda assim, o indicador de vendas correntes ficou ligeiramente acima do observado há um ano (99).
O indicador de expectativas, por sua vez, registrou ligeira melhora, sem recuperar, no entanto, a queda do mês anterior. O indicador se mantém em nível bastante otimista, passando de 154 pontos para 154,6 pontos entre agosto e setembro. Ainda assim, a média móvel trimestral caiu, saindo de 157,7 pontos para 156,5 pontos. Em setembro de 2022 esse indicador havia sido de 150,3 pontos.
No recorte por especialidade das lojas, os resultados de setembro apontaram oscilações significativas frente ao mês anterior com piora generalizada. Apenas o segmento especializado em pintura manteve o saldo entre aumento e queda nas vendas positivo, mas ainda assim saiu de 21 p.p para apenas 2 p.p.
O destaque negativo foi observado no varejo de material básico, que evoluiu de uma diferença de 3 p.p para -17 p.p. Vale notar que a piora deu-se tanto por conta do aumento das assinalações em queda nas vendas quando pela redução nas assinalações relativas ao crescimento.
No comércio especializado em material elétrico e hidráulico, o mesmo movimento se traduziu em saldos negativos de -8 p.p e -13 p.p, respectivamente. Por sua vez, nas lojas de revestimento cerâmico e de artigos em geral, que não possuem especialidade, os saldos foram de -14 p.p e -15 p.p, .
Na análise por porte da loja (número de funcionários), a pesquisa de setembro mostrou que os grandes revendedores (mais de 99 colaboradores) continuam os mais otimistas, com a percepção de crescimento das vendas superando a de queda, mas o otimismo recuou na comparação com agosto. Nesse segmento, as assinalações de alta nas vendas correntes passaram de 42% para 36%. Nos demais recortes, as assinalações de queda superam as de aumento.
Quanto às ações do governo esperadas para os próximos doze meses, a percepção dos varejistas de material de construção, em setembro, teve nova piora. A parcela de assinalações otimistas recuou de 35% para 32% na comparação com agosto, enquanto as pessimistas saíram de 29% para 30%. Com isso, a diferença entre as duas assinalações passou de 6 pontos para 3 percentuais.

Foto: Adobe Stock

 

Após dois meses de alta, vendas no varejo de matcon recuam
Compartilhe esse post:

Comentários