Após seis meses, inadimplência das famílias paulistanas volta a subir - Revista Anamaco

Endividamento e inadimplência

Após seis meses, inadimplência das famílias paulistanas volta a subir

Texto: Redação Revista Anamaco

Após seis meses, a inadimplência das famílias paulistanas voltou a subir em março. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que, no mês passado, 921,2 mil famílias tinham algum tipo de conta em atraso na metrópole. Assim, o porcentual de lares inadimplentes saltou para 22,7%, contra 21,8% em fevereiro.
Embora o número de famílias endividadas esteja abaixo do registrado em março de 2023, o comprometimento da renda com dívidas segue preocupante. Hoje, um terço (31,7%) de tudo o que os lares recebem é destinado a pagamentos dessas despesas - que, em média, prolongam-se por oito meses.
Nesse cenário, o cartão de crédito, que endividava 85,8% das casas paulistanas, em fevereiro, agora o faz em 86,1% desses lares. O crédito pessoal, por sua vez, passou de 15,6% para 16,6%, enquanto o crédito consignado apontou aumento mais significativo: de 7,7% para 9%.
Na análise da Federação, esses dados sugerem que há uma demanda mais aquecida das famílias por recursos utilizados, posteriormente, para manter o consumo cotidiano, como alimentos e combustíveis.
Esse fenômeno impacta mais fortemente as classes de renda mais baixa: entre as famílias com rendimentos abaixo de dez salários mínimos, sete em cada dez estão endividadas (71,3%), e mais de um quarto (26%) está inadimplente. Nas classes mais altas (acima de dez salários mínimos), as taxas são de 60,5% e 13,2%, respectivamente.
De acordo com a entidade, atualmente, 2,78 milhões de famílias estão endividadas em São Paulo.

Foto: Adobe Stock 

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