Atividade industrial fraca
A Fundação Getulio Vargas (FGV) acaba de divulgar o resultado da pesquisa que revela como está a confiança dos industriais brasileiros. De acordo com os dados apurados pela entidade, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 2,8% entre agosto e setembro, ao passar de 83,4 para 81,1 pontos. Essa é a nona queda consecutiva e o índice atinge o menor patamar desde março de 2009 (77,1 pontos).
O levantamento aponta que houve deterioração tanto das avaliações sobre o momento presente quanto das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) registra queda de 2,9% (80,3 pontos) e o Índice de Expectativas (IE) desacelerou 2,6% (81,9 pontos). “Ao final do terceiro trimestre, a atividade industrial mantém-se fraca. O setor se mostra insatisfeito com o ambiente de negócios e pessimista quanto à possibilidade de mudanças no horizonte de três a seis meses”, explica Aloisio Campelo Junior, superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos da FGV/IBRE.
A satisfação com o nível de demandaexerceu a maior influência na queda do ISA em setembro. Com queda de 6,1% sobre o mês anterior (72,9 pontos), o indicador atinge o menor nível desde fevereiro de 2009 (71,9).
Nesse cenário, a proporção de empresas avaliando o nível de demanda como forte caiu de 6,9% para 1,9%, enquanto a parcela de companhias que o avaliam como fraco recuou em menor magnitude, de 29,3% para 29%.
As expectativas quanto à situação futura dos negócios exerceram a maior contribuição para a queda do IE neste mês. O indicador recuou 7,3% (95,9 pontos), sua sétima queda consecutiva, atingindo o menor nível desde abril de 2009 (89,6).
Houve queda na proporção de empresas prevendo melhorada situação dos negócios, de 30% para 25,8%, e aumento da parcela das que projetam piora, de 26,5% para 29,9%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) diminuiu 0,2 ponto percentual entre agosto e setembro, de 83,2% para 83%, mantendo-se no menor patamar desde outubro de 2009 (82,6%).