Avaliação estável e positiva - Revista Anamaco

Radar Febraban

Avaliação estável e positiva

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com o Radar Febraban, estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), pela quinta vez consecutiva, a maioria dos brasileiros acredita que sua vida pessoal e familiar avançou ou ficou estável em relação ao ano passado.
Para 79% da população, a vida está melhor do que estava em 2023, ante 20% que avaliam que a situação piorou. Esse resultado significa uma variação de um ponto percentual em relação à pesquisa de setembro e segue próximo ao patamar de fevereiro, quando chegou a 83%.
Da mesma forma, à medida que se aproxima o final do ano, a maioria mantém-se otimista (62%) e acredita que sua vida pessoal e familiar irá melhorar ou se manter como está até dezembro.
Realizada entre os dias 15 e 23 de outubro, com duas mil pessoas nas cinco regiões do País, a pesquisa, em sua quinta edição deste ano, mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia e prioridades para o País.
Mais uma vez, o estudo aponta que a inflação continua sendo preocupação crescente dos brasileiros. Elevou-se de 74% para 77% o percentual da população que avalia que os preços dos produtos aumentaram ou aumentaram muito em comparação com os últimos seis meses.
Ao mesmo tempo, a percepção sobre a situação do Brasil comparativamente ao ano passado também é predominantemente de melhora ou estabilidade. A pesquisa mostra que 72% avaliam que o País melhorou (40%) ou ficou igual (32%) em relação a 2023. No levantamento de setembro essa soma era de 74% (melhorou: 42%; ficou igual: 32%). “A estabilidade dos dados em relação às expectativas sobre a vida pessoal e o País sinaliza que a população continua impactada por uma visão geral negativa, particularmente no período das eleições municipais, em que muitos problemas foram trazidos ao debate, e com a constante preocupação em relação à inflação. Mas em contrapartida, os dados benignos da economia e do desemprego continuam tendo influência direta e positiva em sua vida pessoal”, aponta Antonio Lavareda, sociólogo, cientista político e presidente do Conselho Científico do Ipespe.

Expectativas sobre o País

Outros dados apurados pelo levantamento mostram que, embora declinando ao longo ano, cerca de metade dos brasileiros apresenta expectativa favorável sobre a evolução do País nesse último trimestre: 49% opinam que o Brasil estará melhor até o final de 2024 (oscilação de menos um ponto em relação a rodada de setembro), 28% creem que ficará estável, enquanto 23% esperam uma piora.
Quanto aos indicadores econômicos para os próximos seis meses, as projeções da população tiveram pequenas variações (em torno de dois pontos para mais ou para menos) em relação a setembro: 64% acreditam que haverá aumento da inflação e custo de vida; 62% esperam elevação de impostos; 64% preveem endividamento das pessoas e famílias; 56% esperam alta na taxa de juros;  32% esperam que haja aumento no poder de compra das pessoas e 41% avaliam que haverá diminuição; 30% acreditam que a falta de vagas no mercado de trabalho vai diminuir e 37% esperam aumento do desemprego; 35% avaliam que deverá aumentar o acesso ao crédito das pessoas e empresas; e 40% dos entrevistados afirmam acreditar em aumento salarial.

As prioridades da população

O Radar Febraban revela, ainda, que a saúde consolida-se no 1º lugar do ranking de áreas que os brasileiros apontam como prioridades para receber maior atenção do Governo Federal nos próximos meses, com 33% das indicações; emprego e renda é inquietação central de 21% dos brasileiros; educação tem 13% no ranking de prioridades; inflação e custo de vida aparecem com 10%; meio ambiente recuou para 7%, depois das queimadas que afetaram milhões de pessoas no País; segurança permanece com 7% das citações; e fome e pobreza, além de corrupção têm 4% das menções.

Foto: Adobe Stock

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