Avaliação Presidencial | Eleição 2022
Texto: Redação Revista Anamaco
O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) acaba de divulgar a pesquisa “Avaliação Presidencial | Eleição 2022", que faz uma avaliação atual Governo Federal, das Instituições, mostra a perspectiva sobre o desempenho do Congresso Nacional nos próximos meses, apresenta uma percepção e expectativa sobre a economia - avaliando aspectos como emprego, endividamento e auxílio emergencial - e antecipa o cenário para as eleições presidenciais do ano que vem.
De acordo com o estudo, quando perguntados “Como avalia o governo do presidente Jair Bolsonaro até o momento?” 54% responderam ruim/péssimo. Outros 25% acreditam que seja ótimo/bom, enquanto 20% acham que é regular.
Uma segunda pergunta “Aprova ou desaprova a maneira como o presidente Jair Bolsonaro vem administrando o País?, 63% desaprovam, enquanto 31% aprovam. Quando questionados sobre a percepção das notícias sobre o atual governo, 53% disseram que as notícias são mais desfavoráveis, enquanto 31% acreditam que não são nem favoráveis nem desfavoráveis.
A avaliação popular do Congresso Nacional também não é das mais positivas. Segundo a pesquisa, 48% avaliam o desempenho da instituição como ruim/péssimo, contra 38% regular e apenas 8% classificam a atuação como ótima/boa. A expectativa não muda para os próximos meses: 50% dos entrevistados acreditam que o desempenho do Congresso ficará igual.
A pesquisa mostra, ainda, que o brasileiro não está contente com os rumos da economia. De acordo com os entrevistados, 69% creem que a economia está no caminho errado, contra 22% mais otimistas, que responderam que está no caminho certo.
Embora a maioria mostre descontentamento com o cenário econômico, 57% avaliam que deverão manter seus empregos nos próximos seis meses. Quando o assunto é o endividamento, há um certo equilíbrio nas percepções dos entrevistados: 35% avaliam que seu endividamento pode aumentar nos próximos seis meses, contra 30% que opinam que ficará como está; 22% preveem diminuição e 10% garantem que não têm dívidas.
Quando perguntados sobre recebimento do Auxílio Emergencial, 71% afirmam que não recebem o benefício federal; 25% revelam que já receberam e 3% disseram que ainda vão receber.
O levantamento do Ipespe também quis saber sobre o interesse do brasileiro para as próximas eleições presidenciais. Para essa questão, 62% afirmam que têm muito ou algum interesse no assunto. Outros 19% têm pouco interesse; 18% não demostram interesse e 15% algum interesse.
A pesquisa espontânea coloca o candidato e ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em primeiro lugar com 32% de intenções de voto. Em segundo lugar, aparece Jair Bolsonaro (22%), Ciro Gomes e Sergio Moro estão empatados, com 3%. João Doria, governador de São Paulo, surge na sequência, com 1% de intenções de voto. Marina Silva, Eduardo Leite e Datena não foram citados. Outros 13% são de votos brancos e nulos e 25% não souberam responder.
Na pesquisa estimulada, Lula continua em primeiro, com 42% de intenções de voto. Bolsonaro tem 25%, Sergio Moro (11%), Ciro Gomes (9%), João Doria (2%), Mandetta, Rodrigo Pacheco e Felipe D’Ávila (1%), brancos e nulos (7%) e não sabem (2%).
Em outro cenário, que inclui Eduardo Leite na corrida presidencial, o governador do Rio Grande do Sul tem 2% de intenções de voto, contra 42% de Lula, 24% de Bolsonaro, 11% de Moro, 9% de Ciro Gomes, 2% de Mandetta, Rodrigo Pacheco e Felipe D’Ávila, 1%, brancos e nulos, 6% e 2% não sabem.
O estudo mostra, ainda, em quem os eleitores não votariam de jeito nenhum. Nesse cenário, a rejeição a Lula chega a 45% e a de Bolsonaro a 62%. João Doria também tem alta rejeição (53%), Mandetta e Sergio Moro (50%) e Ciro Gomes (43%).
Em um provável segundo turno, Lula, de acordo com a pesquisa, sairia vencedor nos confrontos diretos com Bolsonaro, Sergio Moro, Ciro Gomes, João Doria e Eduardo Leite. Em outra simulação de segundo turno sem a presença de Lula, Bolsonaro perderia para Ciro Gomes, João Doria e empataria com Eduardo Leite.
O levantamento do Ipespe foi realizado, entre os dias 22 e 24 de novembro, com 1.000 entrevistados, com mais de 16 anos de todas as regiões do País. As entrevistas foram telefônicas através do Sistema CATI Ipespe.
A margem de erro máximo estimada é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.
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