Boas expectativas no comércio
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), pesquisado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou pelo quarto mês consecutivo em julho, alcançando 123,1 pontos. Embora a taxa de variação mensal tenha desacelerado (+1,5%), o grau de otimismo dos comerciantes seguiu crescente.
De acordo com a pesquisa, a avaliação das condições atuais destacou-se na comparação com junho e julho do ano passado. Na análise da entidade, a retomada do consumo represado pela pandemia e as medidas de sustentação da renda explicam o desempenho positivo das vendas no varejo este ano, à despeito da inflação ao consumidor e dos juros mais altos, o que impactou a visão favorável dos varejistas sobre as condições de operação do comércio e o desempenho da própria empresa.
O estudo mostra que com a retomada de eventos, viagens, lazer, entretenimento fora de casa e o próprio trabalho presencial, o grupo de lojistas de artigos de vestuário, tecidos, acessórios e calçados apontou o maior otimismo em julho: o índice de confiança alcançou 131,6 pontos, crescimento de 1,4%, em relação a junho, e de 38% comparativamente a julho do ano passado.
Por outro lado, as expectativas dos comerciantes para os próximos meses reduziram-se de junho para julho, primeira queda após três meses. Embora o segundo semestre do ano concentre as datas comemorativas mais importantes do comércio, as incertezas econômicas provocadas pela corrida eleitoral balancearam as perspectivas para o desempenho da economia e do próprio comércio.
Ainda segundo o levantamento, 77,2% dos varejistas pretendem aumentar o quadro de funcionários nos próximos meses. A intenção de contratar alcançou 131,7 pontos, incremento mensal de 1,6%, o que representa a terceira taxa positiva consecutiva. No ano, o avanço na perspectiva de contratação foi de 7%, com 77,2% dos tomadores de decisão no varejo afirmando que pretendem aumentar o quadro de colaboradores.
Na avaliação da CNC, as medidas de ampliação temporária da renda das famílias terão impacto positivo nas vendas, no segundo semestre. Dessa forma, a entidade revisou para cima a projeção para o volume de vendas este ano: de 1,7% para 2,0%.
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