Brasil descarta, corretamente, quase 40 milhões de lâmpadas fluorescentes - Revista Anamaco

Logística reversa

Brasil descarta, corretamente, quase 40 milhões de lâmpadas fluorescentes

Texto: Redação Revista Anamaco

Entre 2017 e 2024, 39,9 milhões de lâmpadas fluorescentes tiveram descarte ambientalmente adequado, principalmente em relação ao mercúrio usado nos dispositivos. O dado é da Associação Brasileira para a Gestão da Logística Reversa de Produtos de Iluminação - Reciclus, entidade responsável pela logística reversa das lâmpadas que contêm mercúrio em sua composição.
Esse é um dos elementos químicos mais perigosos para a saúde humana e está presente em muitos objetos do cotidiano, como lâmpadas e pilhas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a exposição humana ao metal pode acarretar problemas graves, que vão de danos cerebrais a complicações respiratórias. 
Para que o descarte desses produtos seja feito de forma ambientalmente correta, é preciso haver sistemas apropriados de coleta e destinação final. “A Reciclus atua nesse sentido e é uma das entidades que possui pontos de coleta nos estabelecimentos e uma rede de parceiros”, garante Camilla Horizonte, gerente de Operações e Marketing da entidade.
Apesar de o Brasil não produzir mais lâmpadas fluorescentes e sua importação estar diminuindo, a comercialização e o uso ainda são relevantes. De acordo com a Reciclus, de janeiro a abril, o País importou 633 mil lâmpadas fluorescentes. Em 2023, o volume importado foi de 7,5 milhões de unidades, quantidade menor em relação a 2022, quando foram trazidas 12 milhões de peças.
Flavio Ribeiro, embaixador do Movimento Circular, salienta que, para fazer o descarte adequado, a conscientização é fundamental para engajar o consumidor a sair de sua casa e dar a destinação correta. “Precisamos trabalhar valores e orientações práticas para que as pessoas saibam por que e como isso deve ser feito”, pontua.
A Reciclus, por sua vez, tem o compromisso de contribuir para a Educação Ambiental, especialmente de crianças e jovens, para que possam, juntos, contribuir para um planeta melhor. Isso inclui esforços de divulgação, educação, conscientização e orientação dos consumidores sobre como lidar com os resíduos de lâmpada de forma adequada para não causar dano ambiental e direcionamento à destinação adequada.  “Assim, fechamos o ciclo de vida da lâmpada e evitamos a extração de novos recursos naturais, promovendo a economia circular", finaliza Camilla.

Foto: Divulgação

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