Brasil tem 2,7 mil empresas de matcon conectadas a Redes e Centrais de Negócios
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com levantamento realizado pelo Observatório Brasileiro de Redes e Centrais de Negócios, o Brasil mantém 2,7 mil empresas de varejo de material de construção conectadas a 88 Redes e Centrais de Negócios distribuídas em 18 Estados.
O estudo revela que o segmento é o terceiro com mais Redes mapeadas, atrás apenas dos setores supermercadista (133 grupos de negócios) e farmácias (106). Ao todo, o Pais contempla 501 Redes e Centrais de Negócios que, juntas, reúnem mais de 25 mil empresas em atividade.
No segmento de material de construção, os destaques nacionais são os Estados de São Paulo, com 18 Redes de Negócios, seguido por Minas Gerais, com 14, e pelo Rio Grande do Sul, com nove. Os demais Estados impactados são Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, Bahia, Espírito Santo, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Piauí, Rondônia e Distrito Federal.
Liderado pelo pesquisador e professor Douglas Wegner, da Fundação Dom Cabral (FDC), o levantamento mostra, ainda, a existência de uma base de sustentação para o desenvolvimento do núcleo de empresas participantes dessas Redes e Centrais de Negócios, com pelo menos seis entidades de fomento ao associativismo na categoria de material de construção.
O pesquisador comenta que muitas Redes são resistentes em compartilhar números, o que dificulta um cálculo preciso de resultados e geração de empregos. Entretanto, estimativas do Observatório apontam para um universo composto por quase 200 mil pessoas impactadas, direta ou indiretamente, pelas Redes e Centrais de Negócios brasileiras.
Wegner salienta que a maior incidência desses modelos de negócios está baseada em Estados das regiões Sul e Sudeste. O mesmo se repete com relação ao varejo de material de construção, com 44 Redes concentradas nos Estados das regiões Sudeste e 25 nos três Estados do Sul. Na sequência, aparecem o Nordeste (13), o Centro-Oeste (5) e o Norte (1). “No Sul, o setor se mostra mais consolidado porque houve um programa público de apoio à formação de Redes que contribuiu de maneira muito significativa para esse número de Redes ativas. Já no Sudeste, pela questão demográfica e número de empresas, a Região foi e continua sendo um campo fértil para formação de Redes. Os exemplos bem-sucedidos nessas regiões também ajudaram a fazer com que mais empresas procurassem o associativismo empresarial como forma de obter melhores resultados”, frisa.
O pesquisador destaca que a evolução do setor acontece à medida que os benefícios deste modelo de negócios vem sendo popularizados e tornam-se mais claros para os empreendedores. Hoje, um dos principais chamarizes do segmento é a possibilidade de realização de compras conjuntas de produtos e serviços, na qual o poder de negociação do varejista é maior junto aos fornecedores de insumos e produtos que, posteriormente, serão vendidos para o consumidor.
Outros destaques positivos são as possibilidades que os grupos oferecem para o desenvolvimento mútuo das empresas associadas, como a oferta de serviços diferenciados e oportunidades de capacitação, marketing, inovação, acesso a conhecimentos de mercado, tecnologia e atividades de apoio.
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