Campanha pelo parcelado sem juros ganha impulso - Revista Anamaco

Vai nos dar a mão, ministro?

Campanha pelo parcelado sem juros ganha impulso

Texto: Redação Revista Anamaco

O movimento iniciado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que pede ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que não deixe que mexam no parcelamento sem juros no cartão de crédito - os bancos apresentaram, recentemente, ao governo uma proposta sugerindo retirar a competitividade desse tipo de parcelamento - está ganhando força.
A campanha intitulada “Vai nos dar a mão, ministro?” teve a adesão da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (Abad), da Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afrac), da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).
A ação é a primeira de uma série de iniciativas conjuntas em defesa do parcelado e as entidades destacam a importância do parcelado sem juros para milhões de empresas de varejo e de serviços. “A proposta dos bancos, admitida por eles mesmos, é mexer no parcelado sem juros. Essa é a modalidade de pagamento preferida dos brasileiros e dá acesso a bens e serviços a quem não teria outra maneira de pagar. Retirar a competitividade do parcelado sem juros iria afetar não somente os cidadãos, mas também toda uma enorme cadeia de pequenas empresas, causando um imenso impacto na nossa economia. E tudo para que três ou quatro bancos se beneficiem. Não faz sentido algum”, explica Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
As entidades elogiam o esforço do governo para limpar o nome dos consumidores, por meio do Programa Desenrola Brasil. Segundo elas, isso ajuda o País a crescer e propicia o surgimento de novos negócios, movimentando a economia. “Não podemos deixar que essa boa iniciativa seja prejudicada na sequência por uma mexida no parcelamento sem juros no cartão. Ao contrário, o Brasil precisa aproveitar este momento de resgate da dignidade e do poder de compra dos cidadãos para criar um ciclo virtuoso na economia. A proposta dos bancos tem o poder de frear o bom momento, se implantada. É preciso que o governo esteja atento para não permitir essa rasteira no povo brasileiro”, completa José César da Costa, presidente da CNDL.
Geraldo Defalco, presidente da Anamaco, reforça que o parcelamento no cartão de crédito é uma forma de pagamento muito utilizada no setor e acabar com ela pode gerar uma reação em cadeia. "O setor de material de construção entende que o parcelamento sem juros é muito importante porque grande parte das compras realizadas, da classe média até as classe E e D, precisam desse tipo de financiamento no cartão. É muito essencial que se mantenha o parcelamento no cartão de crédito ou isso poderá gerar uma queda muito grande nas vendas e, por consequência, demissões que afetarão os empregos no setor", finaliza.

Foto: Adobe Stock

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