Cenário pessimista na indústria
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 2,1 pontos em julho, para 91,9 pontos, anulando os ganhos auferidos a partir de março e retornando ao patamar de fevereiro (92,0 pontos). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou 0,9 ponto, para 92,9 pontos.
No mês, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete piora tanto das avaliações sobre a situação atual, quanto das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) e o Índice de Expectativas (IE) recuaram 2,9 e 1,2 pontos, para 89,5 pontos e 94,4 pontos, respectivamente.
Entre os quesitos que integram o ISA, o que mais influenciou a queda, em julho, foi o indicador que mede o nível de estoques ao subir 4,3 pontos para 114,5 pontos, resultado mais alto desde junho de 2020 (118,6 pontos), mês em que a economia ainda sofria com o lockdown. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). Os indicadores que medem a percepção dos empresários sobre o nível atual de demanda e a situação atual dos negócios caíram 2,9 e 1,2 pontos, para 92,4 e 91,6 pontos, respectivamente.
A pesquisa revela, ainda, que o indicador que mede as expectativas em relação à produção física nos três meses seguintes foi o que mais contribuiu para a queda do IE, ao recuar 5,2 pontos em julho, para 93,1 pontos, pior resultado desde fevereiro de 2023 (90,5 pontos).
No sentido contrário, os indicadores que medem o ímpeto de contratações nos próximos três meses e a tendência dos negócios para os próximos seis meses subiram 0,5 e 1,0 ponto, para 100,5 e 90,3 pontos, respectivamente.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria subiu 0,6 ponto percentual no mês, para 81,0%.
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