Com pandemia, 20 Estados têm taxa média de desemprego recorde em 2020
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados apurados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada hoje - 10 de março - pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa média de desocupação no ano passado foi recorde em 20 Estados do País, acompanhando a média nacional, que aumentou de 11,9% em 2019 para 13,5% 2020, a maior da série histórica da PNAD Contínua iniciada em 2012. As maiores taxas foram registradas em Estados do Nordeste e as menores no Sul. Esses resultados decorrem dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho.
Segundo o estudo, as maiores taxas de desocupação foram registradas na Bahia (19,8%), Alagoas (18,6%), Sergipe (18,4%) e Rio de Janeiro (17,4%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,1%), Rio Grande do Sul (9,1%) e Paraná (9,4%).
Com esse resultado, no intervalo de um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas, chegando ao menor número da série anual (86,1 milhões). Pela primeira vez, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no Brasil. Em 2020, o nível de ocupação foi de 49,4%.
Essa queda da ocupação foi disseminada por todos os trabalhadores. A taxa média de informalidade também recuou, passando de 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020, somando ainda 39,9 milhões de pessoas. Os informais são os trabalhadores sem carteira, trabalhadores domésticos sem carteira, empregador sem CNPJ, conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar. “A queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano. Com menos trabalhadores informais na composição de ocupados, a taxa de informalidade diminui”, explica Adriana Beringuy, analista da pesquisa, lembrando que informais foram os primeiros atingidos pelos efeitos da pandemia.
Foto: Arquivo/Grau 10 Editora