Começo de ano em baixa
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice Cielo de Varejo Ampliado (ICVA) mostra que, em janeiro, as vendas recuaram 12,6%, descontada a inflação em comparação com o mesmo mês de 2020. Em termos nominais, que espelham a receita de vendas observadas pelo varejista, o ICVA apresentou retração de 6,3%.
Na avaliação da Cielo, essa queda seria menor se desconsiderados os efeitos de calendário, que no mês impactou negativamente o resultado do varejo. Sem tais efeitos, o índice do mês apresentou queda de 10,3%, descontada a inflação. Em termos nominais, com os ajustes de calendário, o ICVA retraiu 3,9%.
No período, os setores que apresentaram maiores desacelerações foram Livrarias, Papelarias e afins e Supermercados e Hipermercados. Drogarias e Farmácias e Turismo e Transporte, por outro lado, apresentaram aceleração em relação ao ritmo de janeiro de 2020. “O recrudescimento da pandemia de Covid-19 provocou queda no faturamento do comércio. O resultado de janeiro seguiu a mesma linha daquele verificado em dezembro. O segmento de Bares e Restaurantes se destaca entre os mais prejudicados”, afirma Gabriel Mariotto, diretor de Inteligência da Cielo.
Segundo o estudo, todas as regiões do País apresentaram desaceleração na passagem mensal de acordo com o ICVA deflacionado e com ajuste de calendário. No Nordeste, a queda foi de 13,1%, seguida do Sul (-10,8%), Sudeste (-10,2%), Centro-Oeste (-6,7%) e Norte (-6,1%). Pelo ICVA nominal, que não considera o desconto da inflação, o destaque foi a Região Norte, com crescimento de 1,2%, seguida pelo Centro-Oeste (0,4%). As demais regiões apresentaram quedas: Nordeste (-6,1%), Sudeste (-4,6%) e Sul (-3,5%).
O Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA) acompanha mensalmente a evolução do varejo brasileiro, de acordo com as vendas realizadas em 18 setores mapeados pela Cielo, desde pequenos lojistas a grandes varejistas. Eles respondem por 1,5 milhão de varejistas credenciados à companhia.
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