Começo fraco
O varejo de material de construção registrou incremento de vendas de 3% em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já com relação a dezembro, o setor registrou queda de 9%. Esses são os dados apurados pela Pesquisa Tracking mensal realizada pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), que ouviu 530 lojistas entre os dias 25 e 30 de janeiro.
De acordo com o estudo, entre as categorias pesquisadas, o setor de tintas foi o que apresentou a maior queda em relação a dezembro (30%), seguida por revestimentos cerâmicos (9%). Já as telhas de fibrocimento e os cimentos alcançaram desempenho estável na mesma base de comparação.
Claudio Conz, presidente da Anamaco, explica que, tradicionalmente, janeiro é um mês difícil para o varejo do setor. Além de ser um período de chuvas, que não favorece a realização de obras, é época de férias escolares. Paralelamente, é o momento em que chegam os impostos de começo de ano, como IPVA e IPTU, e que acumulam com os gastos feitos nas festas de fim de ano. “O primeiro semestre corresponde a cerca de 40% do faturamento do setor. As vendas costumam a melhorar a partir do final de março e se fortalecem no segundo semestre”, observa Conz.
Segundo o levantamento, para este mês de fevereiro, entre os entrevistados, 30% acreditam que as vendas ainda ficarão retraídas, contra 32% que preveem melhora nos negócios.
Apesar das opiniões divididas, a pesquisa indica que 41% estão otimistas em relação às ações do governo nos próximos 12 meses.
Para este ano, a expectativa da Anamaco é que o varejo de material de construção cresça 8,5% sobre 2017, quando faturou R$ 114,5 bilhões.