Economia

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), pesquisado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), avançou pelo terceiro mês consecutivo em junho, na série com ajuste sazonal, quando a alta dos nove componentes levou o índice (122,4 pontos) a alcançar o maior nível desde março de 2020.
De acordo com o estudo, o crescimento sustentado do volume de vendas nos primeiros quatro meses do ano melhorou a percepção dos tomadores de decisão no varejo sobre as condições correntes do comércio. O índice de situação atual do setor também chegou ao maior nível desde março de 2020 (107,1 pontos).
O estudo indica que a evolução positiva das vendas, a despeito da inflação persistente e dos juros elevados, favoreceu as expectativas dos comerciantes para o curto prazo: o índice de expectativas apontou o terceiro aumento (3,5%, 152,4 pontos).
Com isso, a CNC revisou, novamente para cima, a projeção de crescimento das vendas em 2022: 1,7%.
Na análise da entidade, as medidas de suporte à renda, como o auxílio emergencial e os saques extraordinários do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), seguem produzindo efeitos positivos no consumo e viabilizando o pagamento de dívidas.
Já a percepção sobre o nível dos estoques diante da programação das vendas (90,6 pontos) é a melhor desde abril de 2020. A pesquisa indica que 23,5% dos varejistas consideram o volume de estoques acima do adequado, 4,4 pontos percentuais abaixo da média do período da pandemia (27,9%). Mesmo que pesem as margens ainda comprimidas e o custo do crédito mais alto, o comerciante sentiu a rotatividade dos estoques melhorar em junho, em relação há um ano.
O levantamento mostra, ainda, que a expectativa dos varejistas de grande porte para os próximos meses saltou entre abril e junho (de 143,8 para 150,6 pontos). Em relação a junho do ano passado, o índice de expectativas das empresas de grande porte cresceu 5,7%. Apesar do peso menor no total de estabelecimentos do comércio, o tomador de decisão do grande varejo, em geral, antecipa tendências, e, na visão desses varejistas, o desempenho da economia, do comércio e das próprias empresas será melhor na segunda metade do ano.

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