Comércio e serviços em São Paulo perderam mais de 300 mil empregos
Texto: Redação Revista Anamaco
Os setores do comércio e de serviços do Estado de São Paulo registraram, juntos, um saldo negativo de 308.727 empregos formais no acumulado de janeiro a agosto, aponta a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da FecomercioSP.
O comércio registrou seu pior desempenho da série histórica: a redução de 134.708 no total de empregos formais no período significa uma queda de 5% em relação ao seu estoque de vínculos. Nesse cenário, a área mais impactada foi o varejo, que registrou um déficit de 104.333 vagas.
Já no setor de serviços, houve também pior desempenho para o período, mas a retração proporcional foi menor: 174.019 vagas a menos e um recuo de 2,81% nos primeiros oito meses do ano.
De acordo com o levantamento, ao se considerar o período de impacto da pandemia de Covid-19 - de março a agosto - o saldo de postos de trabalho celetistas do comércio paulista foi negativo em 120.241 vagas, ao passo que o setor de serviços ficou negativo em outras 240.788 vagas, com reduções proporcionais respectivas de 4,52% e 3,84%.
A pesquisa mostra, ainda, que apesar dos resultados negativos em 2020, o comércio paulista apresenta os primeiros sinais de retomada: depois de fechar o mês de abril com um déficit de mais de 73 mil vagas e de seguir fechando postos de trabalho entre maio e junho, o setor teve saldos positivos de empregos celetistas em julho (7.122) e em agosto (15.339), quando registrou avanço de 0,6% proporcionalmente ao estoque, mês com maior crescimento do mercado formal entre os comerciantes do Estado, desde novembro de 2019.
A situação é parecida a do setor de serviços, que chegou a ter déficits de 132 mil empregos formais em abril e de 55,5 mil em maio, mas voltou a registrar saldo mensal positivo em agosto: 15.635 novas vagas e um crescimento de 0,26%.
Na avaliação da FecomercioSP, apesar da queda mais acentuada no comércio nos oito primeiros meses do ano, é o setor que encabeça a retomada agora, tanto pelo impacto dos recursos emergenciais na economia, a partir de maio, quanto pela flexibilidade no atendimento e no retorno físico dos consumidores de muitas áreas do varejo.
Foto: Arquivo/Grau 10 Editora