Comércio encerra 2020 com confiança em queda, revela pesquisa
Texto: Redação Revista Anamaco
Dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), apurados mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram queda de 0,5% em dezembro, alcançando 108,5 pontos. É a primeira redução desde junho, quando o indicador havia atingido a mínima histórica. Na comparação anual, o Icec registra retração de 13,3%. Embora o índice de confiança permaneça na zona de avaliação positiva, ainda está 20 pontos abaixo do nível pré-pandemia.
De acordo com a pesquisa, o recuo no índice foi diretamente influenciado pela redução das expectativas para o curto prazo e das intenções de investimentos. Na satisfação quanto às condições correntes, o indicador (+1,7%) apurou a menor magnitude em comparação aos avanços dos últimos meses e, assim, segue na zona negativa. O subíndice referente às expectativas caiu pela primeira vez em cinco meses (-1,7%). Quanto às intenções de investimento, o subíndice também experimentou queda na variação mensal (-0,2%), a primeira desde julho.
O item referente às condições atuais da economia cresceu, mas em menor ritmo (+1,3%). Desde julho, a avaliação dos comerciantes quanto ao desempenho econômico atual vem melhorando, mas a proporção ainda é elevada: 69,2% consideram que as condições estão piores do que há um ano, indicador que havia alcançado 71,4% em novembro.
Em relação ao desempenho do setor do comércio, as avaliações negativas também representam a maioria: 56,4%, contra 58,6% em novembro, e 44,2% em dezembro de 2019.
O levantamento mostra, ainda, que as intenções de contratação de funcionários pelo varejo tiveram pequena queda (-0,2%) após cinco meses de evolução, mas seguem na zona positiva, com 125,3 pontos.
Já a avaliação dos estoques diante da programação das vendas caiu pelo terceiro mês consecutivo (-1,3%), indicando que os varejistas enfrentam obstáculos conjunturais para readequar o nível dos estoques.
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