Comércio tem saldo positivo
Em agosto, o comércio paulistano admitiu 37.773 pessoas, o que resultou num saldo de 849.640 empregos ante 840.557 em julho. Segundo a análise da Fecomercio com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), esse resultado gerou um crescimento de 4,4% no comparativo com o mesmo mês de 2008. "Com o aumento no nível de emprego pelo quinto mês consecutivo, os empresários do setor varejista apostam na recuperação das vendas", afirma Flávio Leite, estatístico da Fecomercio.
Ele observa que por trás desta bem-sucedida sequência de crescimento nos empregos formais no comércio varejista, verifica-se um cenário econômico que vai alcançando os patamares de otimismo em que o País se encontrava no período que antecedeu a crise.
Os setores que abriram mais vagas em agosto foram: vestuário, tecidos e calçados (5,7%), farmácias e perfumarias (4,7%), supermercados (alimentos) e materiais de construção (4,5%). Da mesma forma, eles também foram os que tiveram as maiores taxas de demissão: 4,2%, 3,6% e 3,4% respectivamente.
Ao observar as demissões, o varejo vem mostrando um cenário de queda desde março de 2009, quando a taxa de demissões apontou 4,4%. Em agosto, o número de demitidos alcançou 3,4% no setor.
Para Leite, com esse crescimento na taxa de admissão e redução na taxa de demissão, as empresas varejistas se mantêm otimistas quanto ao rumo de seus negócios para 2009. No resultado geral, a rotatividade do comércio apontou taxa de 3,9% em agosto.
Os salários médios nominais do comércio varejista permaneceram praticamente estáveis no mês: R$ 1.260,00 ante os R$ 1.268,00 em julho. Os maiores salários foram oferecidos nas lojas de departamentos (R$ 2.224,00), lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (R$ 1.723,00) e concessionárias de Veículos (R$ 1.662,00). Por outro lado, os menores salários foram em supermercados (R$ 1.064,00) e material de construção (R$ 1.116,00).