Comércio um pouco mais otimista
Texto: Redação Revista Anamaco
A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) acaba de divulgar os resultados do Termômetro Anamaco. O levantamento aponta que, em maio, a percepção dos varejistas de material de construção apresentou pequena melhora.
De acordo com o estudo, no mês passado, o percentual de revendedores que indicaram alta nas vendas foi de 31%, contra 30% em abril. Na outra ponta, as assinalações de queda recuaram, passando de 25% para 18%, enquanto as indicações de estabilidade avançaram, passando de 45% para 51%.
A entidade destaca que, em abril, o comércio do segmento ainda sofria com os efeitos das medidas restritivas de combate à pandemia que, pela primeira vez, atingiram o setor. Em paralelo, em maio, foram retomados os pagamentos do Auxílio Emergencial, ainda que em valores menores do que no ciclo anterior.
O levantamento aponta, ainda, que, no recorte regional, a estabilidade da percepção otimista foi sentido também no Sul e Sudeste, onde a parcela de assinalações de alta em maio foi de 26% e 37%, respectivamente (em abril, esses percentuais foram de 25% e 37%).
Já o otimismo se elevou no Norte e no Centro-Oeste, onde passou de 26% para 35% e de 38% para 47%, respectivamente. O único recuo nesse indicador foi registrado no Nordeste: de 32% para 26%. Na análise por porte das lojas, segundo o número de empregados, as assinalações de alta nas vendas, em maio, não superaram os 30% nos pontos de venda com menos de 20 colaboradores. Já nos home centers (mais de 99 empregados), esse indicador chegou a 54%. Esses números, na avaliação da Anamaco, sugerem que os pequenos varejistas, mais afetados pelas medidas restritivas ao comércio, seguem tendo desempenho pior frente aos grandes estabelecimentos.
As expectativas do setor quanto às vendas nos próximos três meses também revelaram uma postura cautelosa por parte dos empresários. O estudo revela que, em nível nacional, as assinalações de alta, estabilidade e queda nas vendas no período permaneceram praticamente iguais em maio na comparação com o mês anterior: 49%, 41% e 10%, respectivamente, contra 50%, 41% e 9% em abril.
Dessa forma, os maiores níveis de assinalações otimistas quanto às vendas futuras foram registrados no Norte (77%), Centro-Oeste (66%) e Nordeste (61%). No outro extremo, aparecem as regiões Sul e Sudeste, com apenas 41% de indicações de alta cada uma.
No recorte por porte dos estabelecimentos segundo o número de empregados, o indicador de otimismo com as vendas futuras foi homogêneo em maio, variando entre 47% e 51%. Considerando as lojas por especialidade, as mais otimistas foram as de material elétrico, onde as assinalações de alta para as vendas esperadas nos próximos meses chegaram a 64% em maio. Na outra ponta surgem os revendedores generalistas - categoria que inclui todos os home centers - nos quais o indicador de otimismo foi de apenas 37%.
As expectativas quanto às ações do governo nos próximos meses, por sua vez, seguiram o mesmo padrão, revelando grande estabilidade frente ao mês anterior. A parcela de respostas otimistas foi a mesma em abril e maio (53%), enquanto se registrou recuo nas assinalações pessimistas (de 19% para 15%) e avanço nas indicações de indiferença (de 28% para 32%).
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