Confiança da indústria cai em 19 de 29 setores, aponta CNI
Texto: Redação Revista Anamaco
De acordo com os Resultados Setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), de modo geral, a confiança da indústria recuou em junho em todos os critérios: por porte, segmentos industriais e regiões geográficas.
A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que, nas regiões Norte (-1,5%), Centro-Oeste (-0,9%) e Nordeste (-0,6%), a confiança caiu na passagem de maio para junho. No Sudeste, ficou praticamente estável (-0,1%). Essas regiões estão todas acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta dela: 55 pontos (Norte), 53,4 (Centro-Oeste), 55,5 (Nordeste) e 50,5 (Sudeste).
Já no Sul, houve um avanço de 0,5 ponto no período, de 47,4 pontos para 47,9 pontos. Apesar disso, o índice de confiança na Região ainda é o único abaixo da linha divisória. “Esse pequeno avanço foi puxado apenas pelas expectativas positivas das indústrias do Sul para com elas mesmas nos próximos meses. Essa esperança está relacionada às iniciativas em prol da reconstrução do Rio Grande do Sul e toda ajuda recebida. Quando os empresários foram questionados sobre a situação atual da própria empresa e da economia do País, os indicadores apresentaram uma avaliação ainda mais negativa do que no mês anterior”, explica Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
Na análise por setores industriais, a confiança caiu em 19 de 29 segmentos. Seis deles passaram de confiantes para um estado sem confiança: produtos de metal (49,8 pontos); vestuário e acessórios (49,5 pontos); metalurgia (48,4 pontos); celulose e papel (49,4 pontos); máquinas e equipamentos (48,6 pontos); e biocombustíveis (48,6 pontos).
No balanço de junho, entre os 29 setores, 17 estão no campo da confiança, 11 registraram falta de confiança e um setor mostrou neutralidade - sem confiança, nem falta dela. O número de segmentos industriais que demonstraram falta de confiança em junho é o maior desde outubro de 2023, quando 14 setores registraram falta dela.
O otimismo caiu nas grandes indústrias em junho, de 53,5 pontos para 52,5 pontos. Nas médias empresas houve avanço de 51 pontos para 51,5 pontos, e nas pequenas o índice ficou praticamente estável, variando de 49,9 pontos para 49,7 pontos de maio para junho.
O ICEI Setorial apresenta os resultados da indústria extrativa, da construção e da transformação. Para essa pesquisa, foram consultadas 1.843 indústrias brasileiras de todos os portes.
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