Confiança da indústria melhora
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas elevou-se em 6,2% entre junho e julho, ao passar de 93,6 para 99,4 pontos, o maior nível desde outubro de 2008 (104,4 pontos), considerando-se dados com ajuste sazonal. O ICI avança agora pelo sétimo mês consecutivo.
Nos primeiros três meses do ano, a evolução foi motivada pela retomada da confiança no segmento automobilístico, associada à estabilidade, em níveis muito baixos, dos indicadores de confiança dos outros segmentos industriais. A partir de abril, o índice avançou de forma mais rápida e consistente, espalhando-se entre os setores.
Em julho, embora ainda esteja abaixo dos 119,2 pontos registrados em agosto de 2008, nível antes da crise internacional, o indicador encontra-se próximo à sua média histórica desde 1995, de 99,1 pontos. Em julho, melhoraram tanto as avaliações feitas sobre o momento atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses.
O Índice da Situação Atual (ISA) avançou em 4,2%, ao passar de 97,3 para 101,4 pontos, superando a média histórica de 99,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) elevou-se em 8,2%, ao passar de 90,0 para 97,4 pontos. A avaliação feita pelas empresas a respeito do ambiente atual dos negócios evoluiu, favoravelmente, em julho.
A parcela de empresas que avaliam a situação atual dos negócios como boa passou de 20,8%, no mês anterior, para 24,4%, enquanto a proporção das que a consideram fraca reduziu-se de 28% para 24,2%, no mesmo período.
As expectativas para os próximos meses são favoráveis em todos os quesitos que compõem o IE, principalmente com relação à produção nos próximos três meses, cujo indicador saltou de 118,8, em junho, para 130,2 pontos, o maior desde setembro de 2008 (134,2 pontos). Das 1.115 empresas consultadas, 43,2% preveem aumento e 13,0%, diminuição da produção no trimestre julho-setembro. Em junho, estes percentuais haviam sido de 34,1% e 15,3%, respectivamente.