Confiança recua

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) registrou 49,9 pontos em março e migrou para a zona de falta de confiança. O resultado é 0,7 ponto menor do que o registrado no mês anterior, quando o indicador apresentou uma leve recuperação e interrompeu uma série de baixas do índice. A queda atual é explicada pela piora da avaliação das condições atuais da economia brasileira e das empresas.
A pesquisa, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), varia de 0 a 100, com uma linha divisória de 50 pontos. Os valores abaixo desse corte indicam desconfiança.  Para esta edição da pesquisa foram entrevistadas 1.396 empresas, sendo 559 de pequeno porte, 510 médias e 327 grandes.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, explica que o índice está abaixo, mas bem próximo de 50 pontos. Desta forma, a falta de confiança não está intensa nem disseminada. No entanto, entre os componentes do ICEI, o Índice de Condições Atuais recuou 1,7 ponto para 44,2 ponto entre fevereiro e março. “Em relação às condições atuais, há uma percepção de piora mais forte e disseminada da indústria sobre a economia brasileira e as empresas. A avaliação dos empresários sobre as condições atuais é a mais negativa desde julho de 2020. Naquele mês, o índice registrou 34,5 pontos, pois a confiança do empresário seguia abalada pela crise causada pela pandemia de Covid-19”, pontua Azevedo.
Já o Índice de Expectativas ficou praticamente estável com uma variação negativa de 0,2 ponto para 52,7 pontos. O estudo indica que o otimismo dos empresários se manifesta somente com relação às suas próprias empresas (56,1 pontos), enquanto em relação à economia brasileira há pessimismo (46,0 pontos).

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