Confiança da indústria tem leve melhora no segundo trimestre
O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,0 ponto em junho chegando a 100,1 pontos, o menor nível desde janeiro (99,4 pontos). Com o resultado, o indicador fecha o segundo trimestre (100,7 pontos) 0,2 ponto acima do resultado do primeiro trimestre (100,5 pontos).
No período, a confiança recuou em 12 dos 19 segmentos pesquisados. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,5 pontos, para 95,1 pontos, menor nível desde setembro de 2017 (90,8). Em movimento oposto, o Índice de Expectativas (IE) subiu 3,4 pontos, para 105,0 pontos, o maior patamar desde maio de 2013 (105,4).
A expressiva piora do nível dos estoques foi determinante para a queda da confiança no mês. O percentual de empresas com estoques excessivos aumentou de 7,9% para 12,8% entre maio e junho - o pior desde abril de 2017 (12,9%). Já a proporção de empresas com estoques insuficientes aumentou de 3,9% para 4,5%, retornando ao mesmo nível de abril de 2018.
As melhores expectativas de contratação e produção influenciaram igualmente a alta do IE em junho. O indicador de evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes subiu 6,2 pontos, para 107,3 pontos - o maior desde junho de 2011 (108,8); e o indicador de produção prevista para os três meses seguintes aumentou 5,8 pontos, para 108,0 pontos, o maior desde maio de 2013 (108,1).
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) recuou para 76,2% em junho, 0,3 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de maio. Esta é a primeira redução no NUCI desde setembro de 2017. Em termos trimestrais, o NUCI alcançou 76,4% no segundo trimestre, um aumento de 0,9 p.p. em relação ao primeiro trimestre deste ano.