Pesquisa industrial

Texto: Redação Revista Anamaco

O empresário industrial está confiante em junho, especialmente em relação aos próximos seis meses. É o que revela o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador subiu 1,2 ponto e chegou a 50,4 pontos em junho. Com o resultado, o índice cruzou a linha divisória dos 50 pontos, que separa a falta de confiança da confiança no setor industrial. Para compor a pesquisa, foram entrevistadas 1.382 empresas.
O estudo mostra que o resultado interrompe uma sequência de três meses de falta de confiança na indústria, que marcou o período entre março e maio. Desde o início do ano, o ICEI se encontra próximo da linha divisória dos 50 pontos, alternando entre confiança e a falta dela.
De acordo com Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, a visão do empresário em relação às condições atuais da economia brasileira ainda é negativa, mas ao longo deste ano percebe-se uma melhora das expectativas. “Ainda que não seja perguntada explicitamente a razão para essa avaliação ruim e das expectativas positivas nessa pesquisa, sabemos que a atividade industrial tem sido muito prejudicada pelos juros altos. Ainda assim, esse é apenas um dos elementos que afeta a confiança do empresário, entre outros, estão o alto patamar de inadimplência e de endividamento das famílias”, explica Azevedoç
A pesquisa aponta avanço de todos os componentes do ICEI na passagem de maio para junho. O Índice de Condições Atuais avançou 1,1 ponto, para 44,2 pontos. Apesar da alta, o índice segue abaixo da linha divisória dos 50 pontos, o que indica que os empresários veem piora das condições atuais de negócios na comparação com os últimos seis meses. A percepção de piora na avaliação da indústria, no entanto, é menos intensa e disseminada do que em maio.
Já o Índice de Expectativas subiu 1,3 ponto para 53,5 pontos. Por estar acima da linha divisória de 50 pontos, o número indica mais otimismo da indústria para o segundo semestre. Destaca-se que esse otimismo segue restrito à companhia. Enquanto o índice de expectativa da empresa aumentou 1,1 ponto, para 56,8 pontos, o índice de expectativa de economia brasileira subiu 1,9 ponto, mas ficou em 47 pontos.

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