Pesquisa

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), pesquisado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 110,6 pontos em agosto, o que significa um aumento mensal de 0,3%, descontados os efeitos sazonais. A alta encerra três meses de quedas consecutivas.
De acordo com o levantamento, a melhora do grau de otimismo no mês não se replicou na comparação anual: em relação a agosto de 2022, os comerciantes estão menos confiantes (-10,8%), com queda em todos os indicadores. A exceção foi o índice de estoques, que melhorou em razão do processo de ajuste que os varejistas vêm fazendo nas prateleiras diante da programação das vendas.
A pesquisa mostra que a visão do comerciante sobre as condições atuais melhorou de julho para agosto (+1,0), enquanto as expectativas estão mais moderadas (-0,2%). Com isso, as intenções de investimento cresceram ligeiramente (+0,2%), puxadas pela intenção de contratar funcionários (+0,7%), que mesmo com ajuste sazonal é favorecida pela proximidade das datas mais relevantes do calendário de vendas no varejo e alívio na renda vindo da inflação mais baixa e mercado de trabalho resiliente.
Dentre os nove indicadores do Icec, os relacionados à empresa caíram no mês e no ano. O desempenho atual dos negócios, expectativas para a performance nos próximos seis meses e intenção de investir no capital físico estão menores.  
Nos três grupos de segmentos do varejo, o termômetro do otimismo melhorou, com confiança crescendo no mês em todos os segmentos: 0,1% em supermercados e farmácias, 0,8% em vestuários e calçados, e 0,9% em eletroeletrônicos, móveis, cine/foto/som, material de construção e veículos. No ano, porém, houve redução da confiança nos mesmos três grupos (-11,7%, -6,6% e -12,7%, respectivamente).
Também melhorou a percepção sobre os estoques diante da programação das vendas entre o varejo de produtos com maior ticket médio. Para 25,4% dos comerciantes, os estoques estão acima do adequado, o indicador está mais elevado do que a média anual (24,2%), mas teve queda de 0,3 ponto percentual em relação a julho e de 0,5 p.p. ante agosto de 2022.

Foto: Adobe Stock