Pesquisa

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 112,8 pontos em outubro, o que significa uma queda mensal de 3,0%, descontados os efeitos sazonais. Embora a confiança esteja na zona positiva (acima dos 100 pontos), a retração do otimismo, neste início de último trimestre, é a mais intensa desde janeiro deste ano.
A pesquisa revela que todos os indicadores caíram no mês e no ano, com destaque para avaliação das condições atuais (-6,8%). O comerciante sente a desaceleração da atividade econômica neste fim de ano, com seis em cada 10 empresas consultadas apontando piora na economia e no desempenho das vendas.
O estudo mostra, ainda, que as perspectivas dos varejistas para a dinâmica da economia, do comércio e o desempenho da própria empresa nos próximos seis meses também se reduziram (-1,6%), a sexta queda consecutiva.
Mesmo no cenário de maior faturamento, esperado para as festas de fim de ano, na comparação com outubro de 2022, o movimento de redução das expectativas também se intensificou (-9,7%). Nesse contexto, o comércio entrou no último trimestre com menor apetite para investir na contratação de funcionários e na ampliação dos estoques.
O termômetro do otimismo piorou em outubro para os três grupos de lojas no varejo pesquisados, nas séries com ajuste sazonal. A confiança do comércio de produtos de primeira necessidade teve a maior queda mensal (-3,9%), comparativamente aos outros dois grupos (-3,4% semiduráveis, -2,7% duráveis).
Na comparação anual, porém, a redução mais intensa do otimismo foi no grupo de duráveis (-14,7%), produtos de maior tíquete médio que sofrem mais com o crédito caro e seleto.

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