Confiança do consumidor paulista registra a primeira queda desde novembro
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), registrou, em março, 109 pontos, o que representa um recuo de 0,9% em relação a fevereiro, porém aumentando 25,3% na comparação interanual.
A pesquisa revela que essa é a primeira redução do indicador desde novembro do ano passado, ainda que tenha sido pouco expressiva, ficando próxima à margem de erro, e, portanto, não configurando necessariamente uma mudança na tendência de crescimento, observada desde maio de 2021.
Além disso, o ICCP ainda se encontra no patamar otimista (acima de 100 pontos) e a diminuição registrada no último mês foi menor em relação à observada a nível nacional, a partir do Índice Nacional de Confiança (INC).
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista do IEGV/ACSP, observa que o índice continua apontando a percepção positiva das famílias em relação à sua situação financeira e de emprego atuais, enquanto as expectativas sobre as variáveis anteriores e quanto à economia brasileira continuam positivas, mas perdendo intensidade em relação à última pesquisa.
O estudo mostra, ainda, que no recorte de classes socioeconômicas registrou-se aumento da confiança das famílias residentes no Estado de São Paulo pertencentes à classe AB, leve redução no índice para aquelas classificadas na classe C e diminuição maior para as que fazem parte da classe DE.
Na composição do índice, continua predominando a percepção positiva das famílias, em relação à sua situação financeira e de emprego atuais. Contudo, com relação às expectativas sobre as variáveis anteriores e a economia brasileira, estas continuaram positivas, mas com menor intensidade, em relação ao estudo anterior.
De acordo com o levantamento, apesar do arrefecimento da percepção positiva em termos de futuro, o sentimento de melhora da situação financeira atual continuou se refletindo na maior disposição a adquirir itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, tais como geladeira e fogão. Também continuou aumentando a intenção de investir para o futuro.
Foto: Adobe Stock