Confiança do consumidor recua pelo segundo mês consecutivo, apura ACSP
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) pela PiniOn, alcançou, em fevereiro, 99 pontos, recuando 2,9%. A queda aconteceu tanto em relação a janeiro, como na comparação com o mesmo mês do ano passado.
A contração mensal levou o indicador ao campo pessimista (abaixo de 100 pontos), o que não ocorria desde junho de 2024. A sondagem foi realizada com uma amostra de 1.679 famílias, em nível nacional, residentes em capitais e cidades do interior.
De acordo com o estudo, houve recuo da confiança em todas as regiões do País, principalmente no Centro-Oeste e Norte. No caso das classes socioeconômicas, também houve queda generalizada, principalmente para as famílias pertencentes à classe C.
A pesquisa revela que houve deterioração da percepção das famílias em relação à situação financeira atual e em termos das expectativas de renda e emprego, com redução da segurança no emprego.
Essa queda generalizada da confiança impactou, negativamente, na diminuição da disposição a comprar itens de maior valor, como carro e casa, redução da intenção de adquirir bens duráveis, como geladeira e fogão, e menor propensão para investir.
Na análise de Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, o INC recuou, pelo segundo mês consecutivo, por conta do desaquecimento da atividade econômica, que começa a se refletir na menor geração de empregos, além da aceleração da inflação, com destaque para os aumentos de preços de produtos básicos, como alimentos e bebidas, num contexto de elevado grau de endividamento das famílias e juros altos, o que tende a deixar o consumidor mais cauteloso na hora de comprar.
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