Confiança do consumidor tem leve queda - Revista Anamaco

Pesquisa

Confiança do consumidor tem leve queda

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela PiniOn para o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP), chegou a 99 pontos em maio, o que representa uma redução de 1% em relação a abril e crescimento de 8,8% quando comparado ao mesmo mês de 2022.
A pesquisa realizada com 1.700 famílias em capitais e cidades do interior, em nível nacional, revelou queda pela quarta vez consecutiva. Dessa vez, a confiança do consumidor voltou ao campo pessimista, o que não ocorria desde outubro do ano passado, confirmando, portanto, a tendência que tem como causa principal a redução da atividade econômica.
Na análise por região, houve diminuição de confiança no Centro-Oeste, Sul e Sudeste, estabilidade no Nordeste e aumento da confiança na Região Norte. Já no recorte por classes socioeconômicas é possível notar uma queda do INC entre as classes AB e C, além de um pequeno crescimento nas classes DE.
O estudo indica que a deterioração da percepção das famílias em relação à sua situação financeira atual foi mais intensa nessa edição da pesquisa. O Item segurança no emprego, por exemplo, caiu pela terceira vez consecutiva. Também houve maior deterioração das expectativas sobre a situação financeira das famílias.
Para Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, a piora da percepção sobre a situação atual e o menor otimismo em relação ao futuro financeiro se refletiram na queda da proporção de entrevistados dispostos a realizar investimentos. “A porcentagem de entrevistados interessados em comprar itens de maior valor, como carro e casa, manteve-se estável e à disposição de comprar bens duráveis, tais como geladeira e fogão, aumentou levemente”, observa.
O economista frisa que o índice seguiu mostrando diminuição da confiança do consumidor em relação ao mês anterior, confirmando a tendência decrescente. “A desaceleração da atividade reduz a geração de empregos e a inflação e, apesar de mostrar recuo, ainda permanece elevada, corroendo a renda das famílias. Estes são os fatores que parecem continuar sendo a explicação para a retração da confiança do consumidor”, finaliza.

Foto: Adobe Stock

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