Confiança do empresário do comércio segue em alta, mas com desaceleração
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), cresceu 4,1% em novembro e alcançou 108 pontos, permanecendo no patamar de otimismo (acima de 100 pontos) pelo segundo mês consecutivo. No comparativo anual, houve queda de 11,9%.
De acordo com a pesquisa, o indicador segue se recuperando após a mínima histórica em junho, mas a taxa de variação mensal é a menor registrada desde agosto. A confiança do comércio ainda está 20 pontos abaixo do nível pré-pandemia.
José Roberto Tadros, presidente da CNC, explica que a redução do valor do auxílio emergencial e pressões sobre os preços, principalmente de produtos essenciais, têm influência na desaceleração do crescimento. “As perspectivas são favoráveis para o desempenho do varejo no último trimestre, em função do incremento no faturamento com as festas de fim de ano, ainda que com valores menores dos benefícios emergenciais e inflação dos alimentos”, afirma Tadros, ressaltando que a queda dos índices de isolamento social contribui positivamente para a recuperação do setor, assim como as vendas pelo comércio eletrônico.
Os principais subíndices do Icec registraram evolução, com destaque para aquele referente à satisfação dos comerciantes com as condições atuais (+10,4%), que chegou a 78,6 pontos, o que representa o quarto avanço seguido. O indicador, contudo, ainda está 19,3% atrás do nível verificado em novembro de 2019.
Em relação à economia, os empresários do comércio se mostraram 11,3% mais satisfeitos do que em outubro - item com o maior crescimento mensal entre todos os analisados pela pesquisa.
O estudo aponta, ainda, que o indicador que avalia as expectativas no curto prazo - o único acima dos 100 pontos - avançou pela quinta vez seguida (+1,3%), alcançando 150,7 pontos e indicando que os comerciantes estão otimistas para os meses à frente em relação à economia (+1,2%) e ao desempenho do comércio (+1,1%) e da própria empresa (+1,6%).
Já o índice que mede as intenções de investimento acumulou o quarto aumento mensal consecutivo (+3,9%), chegando a 94,6 pontos. A intenção de contratação de funcionários foi um dos destaques, subindo 4,6%, chegando a 125,6 pontos e retornando ao nível pré-pandemia.
O levantamento mostra, também, que o indicador dos estoques foi o único entre os componentes da pesquisa que registrou queda mensal (-0,6%), a segunda consecutiva. Entre agosto e setembro, o índice havia apresentado a primeira melhora em sete meses, o que não se sustentou.
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