Confiança do empresário do comércio tem queda de 1,5% em maio, revela CNC
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), pesquisado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), marcou 108,4 pontos em maio, o que representa uma queda mensal de 1,5%, descontados os efeitos sazonais.
A redução do otimismo dos varejistas no mês reverte parte da alta de abril e retoma a tendência negativa do indicador, apontada desde dezembro de 2022. A queda da confiança também ocorreu na comparação anual (-9,8%), em que o Icec teve a maior retração nesse comparativo desde abril de 2021 (-20,7%).
A pesquisa indica que todos os indicadores apresentaram redução, com destaque à percepção das condições correntes. Há três meses, o índice de condições atuais mergulhou na zona negativa (abaixo dos 100 pontos), com quedas intensas da avaliação dos varejistas em relação ao desempenho da economia e do comércio. A maioria dos comerciantes aponta que as vendas pioraram, 58% do total. Essa proporção cresce desde março e é a mais alta em dois anos.
O índice de expectativas para o comércio foi o que mais caiu entre abril e maio (-1,5%), com três em cada 10 empresários considerando que as vendas no setor devem piorar no curto prazo. Mesmo o consumidor de rendas média e baixa mais disposto a consumir e com datas sazonais no calendário dos próximos meses estimulando as vendas, o otimismo é menor entre os empresários de todos os segmentos do varejo.
As perspectivas dos lojistas para desempenho menos favorável das vendas nos próximos meses são generalizadas. Os índices desagregados por grupos de lojas apontam queda no mês e no ano entre todos os tomadores de decisão, com as maiores reduções ainda concentradas no varejo de produtos duráveis.
A intenção de investir na renovação dos estoques por esse grupo de lojistas teve a maior redução (-0,9%) na comparação com os dois outros, alcançando 91,3 pontos. Os estoques estão acima do adequado diante da programação das vendas para 24,4% dos comerciantes desses itens de menor capacidade de reuso, proporção que vem crescendo desde o fim do ano passado.
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