Confiança do micro e pequeno empresário cai 9,4% desde o início do ano
Texto: Redação Revista Anamaco
O fraco desempenho da economia continua refletindo na retração dos níveis de confiança do micro e pequeno empresariado brasileiro. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que após atingir valores máximos no começo do ano, esses números começam a recuar. Em maio, o Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário registrou 59,5 pontos frente a 65,7 em janeiro, uma queda de 9,4% nos últimos cinco meses. No entanto, na comparação com maio de 2018, quando o indicador marcou 54,1 pontos, foi observado um crescimento.
Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que, acima de 50 pontos, reflete confiança desses empresários e, abaixo dos 50 pontos, reflete desconfiança com os negócios e com a economia.
O componente do indicador que avalia a percepção dos micro e pequenos empresários sobre os últimos seis meses da economia apresentou retração, ao marcar 44,0 pontos em maio ante 49,5 em fevereiro. O número é mais um reflexo da atividade econômica que recuou no primeiro trimestre de 2019. O índice que mede as perspectivas em relação à economia para os próximos meses foi outro que registrou queda, com 65,8 pontos, frente 74,7 pontos em fevereiro.
Em termos percentuais, ao avaliar os últimos seis meses, apenas 24% dos micro e pequenos empresários notaram melhora da economia e somente 30% perceberam melhora dos próprios negócios. Ainda assim, 65% estão, em alguma medida, confiantes com o futuro da economia do País e 72% projetam melhora com o futuro de seus negócios.
Entre os otimistas com a situação econômica, contudo, 39% não souberam mencionar as razões, enquanto 37% disseram concordar com as medidas econômicas do governo. Outros 34% acreditam em um ambiente político mais favorável e 23% enxergam sinais de melhora diante de alguns indicadores. Já entre os otimistas com seus negócios, os recentes investimentos (31%) e a boa gestão interna (27%) são os fatores mais destacados pelos empresários ouvidos.
Quanto aos que se consideram pessimistas com a economia brasileira, 53% justificam essa percepção pelo ambiente de incertezas políticas, enquanto 43% acreditam existir um risco em razão das dificuldades econômicas como aumento dos preços e queda do emprego. Para 30%, a expectativa negativa deve-se ao fato de discordarem das medidas econômicas que vêm sendo adotadas. Entre os pessimistas com seus negócios, a maior parte (53%) responsabiliza as vendas que estão em baixa.
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