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A confiança dos industriais caiu no terceiro trimestre deste ano ao pior nível desde julho de 2005, informa a pesquisa Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador ficou em 52,5 pontos em outubro, ante os 58,1 pontos apurados em julho, uma diferença de 5,6 pontos. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 60,4 pontos, a redução foi ainda maior, de 7,9 pontos. Em julho de 2005, o ICEI tinha ficado em 50,7 pontos. Os motivos que fizeram o índice cair foram o agravamento da crise financeira internacional, o aumento das incertezas em relação ao cenário externo e os impactos no mercado interno. Conforme a pesquisa, a crise atingiu, especialmente, as grandes empresas. Isso ocorre porque 80% das indústrias de grande porte são exportadoras. A confiança entre as empresas de grande porte caiu para 51,5 pontos no terceiro trimestre deste ano. É o pior indicador entre as grandes empresas desde julho de 2002. Naquele mês, a confiança dos grandes empresários foi de 49,9 pontos. Houve deterioração da confiança, também, entre as empresas de pequeno e médio portes. O indicador para as pequenas empresas caiu de 56,6 pontos no segundo trimestre para 53,6 pontos neste trimestre. Entre as médias, o indicador recuou de 57,1 pontos para 52,6 pontos. O Índice de Confiança do Empresário Industrial é composto pelas avaliações quanto às condições atuais e futuras da economia brasileira e da empresa. De modo geral, os empresários se mantêm otimistas, ainda que menos do que nas edições anteriores, em relação à própria empresa. O índice sobre as condições atuais da empresa caiu de 53,2 pontos no segundo trimestre para 52,4 pontos no terceiro. Em relação aos próximos seis meses, as expectativas para a empresa caíram de 64,6 pontos no segundo trimestre para 56,9 pontos. A avaliação dos empresários quanto às expectativas sobre a economia brasileira para os próximos seis meses saiu do campo do otimismo para o do pessimismo pela primeira vez desde julho de 2005. O índice caiu de 55,4 pontos no segundo trimestre para 46,7 pontos. Em relação ao momento atual da economia, o indicador ficou estável: passou de 47,1 pontos na edição anterior para 47 pontos. De acordo com a metodologia do ICEI, os indicadores variam de zero a cem pontos. Os resultados acima de 50 pontos são positivos, ou seja, indicam otimismo do empresariado.