Confiança é maior nas famílias com renda entre R$ 1.559 a R$ 5.195, apura pesquisa
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice Nacional de Confiança (INC), elaborado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em conjunto com a PiniOn, manteve-se praticamente estável em julho, alcançando 91 pontos. A pesquisa, realizada com 1.676 pessoas de todas as regiões do País, revela que a confiança das famílias com rendimentos de R$ 1.559 a R$ 5.195 deixou o campo pessimista (abaixo de 100) pela primeira vez desde março de 2020.
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, avalia que o fim das restrições e a maior mobilidade social, além do aumento da ocupação, das injeções de recursos oriundos do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas e dos reajustes de salários do funcionalismo público estadual e municipal são os fatores que explicam esse aumento da confiança.
Já a confiança dos entrevistados com renda acima de R$ 5.195 até R$ 15.585 se manteve no campo pessimista (abaixo de 100 pontos). “Essas famílias contam com renda relativamente mais elevada e, portanto, são menos beneficiadas por recursos extras e auxílios governamentais, além de acompanharem mais de perto os cenários de incerteza interna e mundial”, complementa Gamboa.
Na análise por região, o Centro-Oeste se destacou e segue no campo otimista, beneficiado pela evolução do agronegócio. As demais regiões mostraram relativa estabilidade em relação a junho.
O estudo mostra, ainda, que a percepção negativa das famílias em relação à sua situação financeira atual se mantém presente, refletindo menor disposição para aquisição de bens e itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, tais como geladeira e fogão.
As expectativas positivas sobre a situação futura financeira e a evolução do País seguem prevalecendo entre os entrevistados mostrando, inclusive, aumento em relação a junho. Novamente, notou-se otimismo entre o grupo com renda entre R$ 1.559 a R$ 5.195.
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