Confiança em queda
Texto: Redação Revista Anamaco
A prévia extraordinária das Sondagens da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com dados coletados até o dia 13 de novembro, sinaliza recuo da confiança empresarial e dos consumidores no mês. Em relação ao número final de outubro, o Índice de Confiança Empresarial (ICE) recuaria 0,9 ponto, para 96,2 pontos, enquanto o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) cairia 2,2 pontos, para 80,4 pontos.
De acordo com a pesquisa, entre as empresas, a queda da confiança decorreria, exclusivamente, da piora das expectativas em relação ao futuro, uma vez que houve melhora discreta na percepção sobre o momento atual. Também para os consumidores, o aumento do pessimismo em relação aos próximos meses exerceria maior influência, já que suas avaliações sobre o momento presente ficaram estáveis.
O estudo mostra que o Índice de Situação Atual dos Empresários (ISA-E) aumentaria 1,9 ponto, para 98,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) cairia 2,5 pontos, para 95,4 pontos.
Entre os consumidores, o índice que mede a percepção sobre a situação atual (ISA-C) se manteria relativamente estável em 72,1 pontos, enquanto o indicador que capta as perspectivas para os próximos meses (IE-C) cairia 3,6 pontos, para 87,0 pontos.
O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Neste mês, a Indústria de Transformação seria o único setor a apresentar avanço da confiança. O Comércio se manteria estável enquanto os setores de Serviços e da Construção estariam em queda.
Com alta de 1,5 ponto, significativamente menor do que nos últimos meses, o Índice de Índice de Confiança da Indústria (ICI) alcançaria 112,7 pontos, o maior valor desde outubro de 2010 (113,6 pontos). Já o Comércio permaneceria em 95,8 pontos, o que representa recuperação de 89,6% das perdas no bimestre março-abril.
Por sua vez, Construção e Serviços recuariam 3,3 pontos e 1,2 ponto, para 91,9 pontos e 86,3 pontos, respectivamente. Ambos os setores continuam em patamar abaixo de fevereiro (92,8 pontos e 94,4 pontos, respectivamente).
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