Confiança empresarial recua
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) recuou 0,4 ponto em outubro, para 97,1 pontos, após subir por cinco meses consecutivos. O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela entidade: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
Segundo a pesquisa, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu pela sexta vez consecutiva, agora em 3,6 pontos, para 96,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-E) recuou 3,1 pontos, para 97,9 pontos, num movimento de revisão das expectativas após cinco altas consecutivas. A diferença entre ambos os indicadores em outubro é de 1,3 ponto, menor valor desde maio de 2020.
Pelo lado das expectativas, os empresários manifestam certa neutralidade (nem otimismo nem pessimismo) em relação à evolução da demanda nos próximos três meses, mas reveem suas perspectivas em relação à evolução dos negócios nos próximos seis meses. O componente de Demanda (3 meses) subiu 0,7 ponto enquanto a Tendência dos Negócios (6 meses) recuou 0,7 ponto. O componente de Emprego Previsto (três meses) recuou 0,3 ponto.
O estudo mostra que a confiança industrial continuou a evoluir favoravelmente em outubro, com aumento do grau de satisfação com a situação atual e do otimismo em relação aos meses seguintes. A construção tornou a subir em outubro e já recuperou as perdas do pior momento da pandemia.
Já a confiança do segmento de serviços, que registra a recuperação mais lenta entre os setores, teve seu recuo justificado pela piora das expectativas, frente à dinâmica da pandemia e incertezas em torno da continuidade de recuperação do setor.
Em outubro, a confiança empresarial avançou em 69% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma diminuição da disseminação frente aos 80% do mês passado. A piora relativa ocorreu em todos os setores, com exceção à construção, em que a alta da confiança ocorreu em todos os segmentos. No comércio, todos os segmentos registraram piora em outubro. A confiança dos setores de comércio e serviços retraiu pela primeira vez desde o início da recuperação, em maio. No comércio, a queda foi motivada pela piora da percepção atual e das expectativas para os próximos meses.
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