Confiança empresarial recua após quatro altas consecutivas, apura FGV Ibre
Texto: Redação Revista Anamaco
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) caiu 0,7 ponto em fevereiro, para 97,0 pontos, após quatro altas consecutivas. Apesar do recuo, na métrica de média móveis trimestrais, o índice manteve a tendência de crescimento ao avançar pela terceira vez consecutiva, em 0,7 ponto no mês. O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção.
A queda foi motivada pela calibragem das expectativas, que vinham evoluindo favoravelmente nos meses anteriores. Apesar do recuo, o Índice de Expectativas permaneceu ligeiramente acima dos 100 pontos, retratando um otimismo tímido em relação aos próximos meses. O resultado sustenta a tese de que, passado o período de lua de mel com o novo governo, a retomada da confiança empresarial será limitada enquanto os níveis de incerteza econômica permanecerem elevados.
O Índice de Situação Atual subiu pela quinta vez consecutiva, em 0,9 ponto, alcançando 92,2 pontos, o maior nível desde junho de 2014. Já o Índice de Expectativas (IE-E) cedeu 1,5 ponto, após avançar por sete meses seguidos, fechando fevereiro em 101,7 pontos.
Entre os subíndices que compõem o ICE, apenas o índice de confiança da Indústria avançou em relação ao mês anterior, em 0,8 ponto, para 99,0 pontos. A confiança do Comércio cedeu pela segunda vez consecutiva, para 100,0 pontos, acomodando o movimento de fortes altas iniciado em outubro passado. A confiança da Construção voltou a recuar, após estabilização no mês anterior, fechando o mês em 85,0 pontos, 12,0 pontos abaixo da média empresarial, enquanto o setor de Serviços recuou para 96,5 pontos, após crescer nos cinco meses anteriores.
Em fevereiro, houve alta da confiança em 41% dos 49 segmentos que integram o ICE. No mês passado, a disseminação havia alcançado 65% dos segmentos. O Comércio é destaque negativo no mês por registrar cinco de seis segmentos em queda. Já o setor da Indústria é destaque favorável por reportar alta em 12 dos 19 segmentos.
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