Confiança em baixa

Confiança industrial recua e alcança a menor pontuação desde janeiro

Texto: Redação Revista Anamaco

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) da Fundação Getulio Vargas (FGV) recuou 0,4 ponto em agosto, para 99,7 pontos, o menor desde janeiro. Na métrica de médias móveis trimestrais, o indicador registrou a terceira queda consecutiva e recuou 0,4 ponto, para 100,0 pontos.
No período, o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 1,1 ponto, para 97,9 pontos. Mantendo-se acima do nível neutro, o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 ponto, para 101,4 pontos.
A queda do ISA atingiu 12 dos 19 segmentos, enquanto a melhora das expectativas atingiu menos da metade dos segmentos (nove de 19). Em termos agregados, houve queda da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados.
O nível dos estoques foi o único componente a piorar dentre as percepções sobre a situação atual e, portanto, foi determinante para a queda do ISA em agosto. O percentual de empresas com estoques excessivos subiu de 7,6% para 9,3%. A parcela com estoques insuficientes também subiu, mas em menor proporção, ao passar de 4,3% para 4,8% do total.
As expectativas com a evolução do pessoal ocupado nos três meses seguintes foram a principal influência na melhora do IE no mês. Após forte queda em julho, o indicador subiu 2,1 pontos, para 97,7 pontos. Houve diminuição da proporção de empresas prevendo aumento do quadro de pessoal, de 17,4% para 17,1%. A parcela das que esperam redução caiu em maior proporção, de 15% para 12,6% do total.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) avançou 0,3 ponto percentual para 76,0%. Esse resultado é insuficiente para compensar as quedas registradas nos dois meses anteriores.

Foto: Fotolia

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