Economia

Confiança retorna ao patamar pré-crise

A melhora do cenário internacional, do nível de atividade interna e da taxa de câmbio já traz aos economistas uma perspectiva mais clara em relação ao futuro da economia. Com isso, o Índice de Sentimento dos Especialistas em Economia (ISE), analisado pela Fecomercio em parceria com a Ordem dos Economistas do Brasil (OEB), registrou, em maio, alta de 10,3% em relação a abril, passando de 83,7 pontos para 92,4 pontos.
Esta é a segunda alta consecutiva, que já alcança o patamar de confiança um pouco maior ao que estava no início da crise, quando registrava em outubro do ano passado 86,5 pontos. Mesmo com esse resultado, o indicador permanece no campo do pessimismo, ou seja, abaixo de 100 pontos.
De acordo com o ISE, praticamente todos os itens analisados já estão no patamar otimista como o Cenário Internacional (132), o Nível Atividade Interna - Produto Interno Bruto - PIB (116,6) e a Taxa de Câmbio (131,2).
Porém, no campo do pessimismo ainda estão Taxa de Inflação (99), Oferta de Crédito ao Consumidor (88,5), Nível de Emprego (83,9) e Salários Reais (76,7). O resultado mais pessimista ficou novamente com os gastos públicos. Os economistas acreditam que estes irão aumentar tanto no curto prazo quanto daqui a um ano.
O índice específico desse item caiu de 41,7 em abril para 38,2 em maio. O ISE é resultante da análise do índice de sentimento da economia atual e do índice da economia futura. O indicador atual teve um aumento de 28,2%, o que impulsionou o resultado geral. Porém essa mesma avaliação ainda se encontra no patamar de pessimismo: 71,4 pontos.
Em relação ao índice da economia futura, daqui a um ano, o indicador aponta uma elevação mais discreta de 1,4%, porém ainda permanece pelo segundo mês no patamar de otimismo, com 113,4 pontos. Somente em relação à Taxa de Juros (85,1) e aos Gastos Públicos (36,5), os economistas estão pessimistas e acreditam que a Taxa Selic estará inadequada daqui a um ano e que os gastos públicos ainda vão aumentar.
A pesquisa é realizada, mensalmente, com cerca de 100 economistas renomados de todo País.

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