Construção civil deverá somar 1,7 milhão de vagas em 2025, aponta estudo
Texto: Redação Revista Anamaco
Até 2025, as áreas de logística, construção civil, vestuário e energia devem abrir 540 mil novas vagas no País. A maioria dos postos de trabalho (95%) será do nível de qualificação e técnico, que exige uma formação prática e mais curta, com seis meses a dois anos de duração. As projeções são do Observatório Nacional da Indústria (ONI), núcleo de inteligência e análise de dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Márcio Guerra, gerente-executivo do ONI, ressalta que os quatro segmentos são estratégicos para o País. “São setores dinâmicos, que tiveram uma rápida recuperação pós-Covid, respondem por um grande volume de vagas, são vetores da descarbonização da economia e altamente impactados pela digitalização dos processos produtivos”, justifica.
O estudo aponta que profissionais que já atuam nesses setores vão precisar se atualizar. O alerta, segundo Guerra, não é só para quem está em busca de emprego ou está indeciso de que carreira e formação seguir. Quem já trabalha nessas áreas vai precisar se atualizar. “Mais de 1,5 milhão de profissionais desses quatro segmentos terão de complementar a formação para acompanhar as mudanças decorrentes da automatização de processos”, frisa.
Para chegar aos números, o Observatório realiza projeções de emprego e analisa as tendências organizacionais e tecnológicas da indústria para os próximos anos. Nessa nova realidade, a pesquisa prevê que profissões da construção civil lidarão com mais tecnologia e o setor deverá somar 1,7 milhão de vagas em 2025.
As profissões que mais serão impactadas pelas tendências tecnológicas e organizacionais são: mestre de obras, desenhista técnico de edificações, tecnólogo em controle de obras e técnico em edificações. “Contudo, até mesmo armadores de ferro, gesseiros e pedreiros de alvenaria precisarão se adaptar”, explica Guerra.
Isso porque tem se difundido no segmento o uso de: estruturas pré-fabricadas/moldadas, processos construtivos mecanizados/automatizados, construção enxuta (lean construction), tecnologia de realidade aumentada, sistemas de automação residencial e drones para monitoramento das obras. “A internet das coisas, por exemplo, é capaz de reunir informações detalhadas do que acontece no canteiro de obras em tempo real para automatizar processos como pedidos de novos materiais e ferramentas”, finaliza.
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