Construção e reforma na internet
Depois de uma semana de palestras com assuntos pertinentes ao varejo, ministradas por profissionais renomados e com muita experiência, o Núcleo de Conteúdo Varejo, Atacado e Distribuidor by Grau 10 Editora foi encerrado, nesta sexta-feira (13 de abril), com um talk show. Com o tema "Construção e reforma na internet: como quebrar tabus e mostrar que é possível reformar, construir e consertar, transformando problemas em soluções e oportunidades", contou com a partiicipação de Paloma Cipriano, jovem conhecida como a "pedreira" da internet, que virou hit com tutoriais sobre construção no seu canal no Youtube chamado "Faça Você Mesmo"; de Paulo Felippe José, diretor de Comunicação da Leroy Merlin, que estreou seu canal "Casa de Verdade", que já bate recordes de audiência e de seguiidores. O bate papo foi mediado pela jornalista Beth Bridi, diretora de Redação da Revista Anamaco, e contou com a presença da também jornalista Carla Bridi.
Beth comentou que Paloma chamou a atenção por ser uma jovem - de 24 anos - que começou suas aparições na internet fazendo obras na casa dela, mostrando e dando dicas de como realizar alguns desses trabalhos, ainda considerados "coisas de homem". A partir do primeiro vídeo, além da visibilidade, ganhou muitos likes e seguidores.
A jovem pedreira contou que já possuía um canal do Youtube e fazia reformas em casa de maneira anônima mas, incentivada pela mãe, fez o primeiro vídeo assentando azulejo no seu quarto. "O objetivo inicial era só ensinar alguém a fazer. Depois, comecei a receber vídeos de outras mulheres também fazendo reformas em casa e mensagens de outras dizendo que não tinham nenhuma habilidade nesse sentido", lembrou, acrescentando que, desde então, passaram-se três anos e hoje coleciona 330 mil seguidores.
O sucesso despertou a atenção da Leroy Merlin, que possui o Casa de Verdade no Youtube, e fez de Paloma uma das estrelas do canal. O diretor de Comunicação do Grupo francês, contou que a ferramenta, há um ano no ar, tem o propósito de criar um relacionamento genuíno com pessoas que fazem suas próprias obras. "Queremos mostrar que é possível fazer. Atingimos, até agora, quatro milhões de visualizações e 95 mil inscritos", revelou.
Paloma comentou que muitos dos seus seguidores são profissionais da construção civil, além de engenheiros e arquitetos. Segundo ela, alguns até reclamam. "Muitos dizem que se eu continuar fazendo esses vídeos eles vão perder trabalho", contou.
Apesar de ser uma defensora do "empoderamento" feminino e deixando muito claro que toda mulher é capaz de realizar esses trabalhos, ela reconheceu que não é possível fazer tudo na "raça" na obra por conta da diferença física entre homens e mulheres, mas lembrou que há ferramentas capazes de realizar muito trabalho. "Não é preciso fazer tudo no braço. A diferença de força não nos impede de estar em todas as fases da obra. Os equipamentos estão aí para nos ajudar", frisou.