Consumidor mais otimista começa o semestre com intenção de compra alta - Revista Anamaco

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Consumidor mais otimista começa o semestre com intenção de compra alta

Texto: Redação Revista Anamaco

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 2,8% em julho, descontados os efeitos sazonais, mantendo a trajetória positiva do índice. O ritmo de crescimento da intenção de compra vem acelerando desde abril.
Pelo quarto mês consecutivo, todos os indicadores avançaram nas comparações mensal e anual, aproximando a intenção de consumir da zona favorável (acima dos 100 pontos). O estudo mostra que quatro dos sete componentes já se encontram no quadrante positivo: satisfação com emprego e renda atuais e perspectiva profissional e de consumo.
Na análise da entidade, a inflação corrente anual caindo mais do que o esperado tem deixado os consumidores mais dispostos a consumir. Além disso, o mercado de trabalho segue apontando alta das contratações formais, mesmo em menor intensidade.
Embora mais otimistas, o endividamento dos consumidores em nível elevado e os juros altos limitam a capacidade de consumo e os efeitos benéficos da maior renda disponível. Nesse contexto, as vendas do varejo e dos serviços têm demonstrado dificuldade de sustentar altas mais expressivas.
O levantamento revela que a perspectiva profissional foi o indicador com a maior alta em julho (3,8%), repetindo o desempenho da pesquisa de junho. Ou seja, o consumidor está enxergando melhores condições no emprego nos próximos três meses. O mercado de trabalho formal segue contratando, principalmente os setores de serviços e construção civil, e o consumidor vem apontando maior segurança no emprego, especialmente o de menor renda.
O índice de Emprego Atual alcançou 123,8 pontos, o maior nível desde março de 2015. Apenas 9% dos consumidores indicam que estão desempregados, menor percentual da série histórica do indicador, iniciada em janeiro de 2010. Outros 42% afirmam se sentirem mais seguros no emprego atual, comparativamente ao mesmo período do ano passado.
A intenção de compra de duráveis também avançou (5,8%), porém sobre base de comparação baixa. O indicador mantém-se em nível reduzido (60,4 pontos), o menor dentre os indicadores da ICF. Isso demonstrando que, mesmo o consumidor mais animado para compras a prazo, com a maior segurança no emprego, o crédito caro limita a aquisição desse tipo de produto.
Nesse cenário, o acesso ao crédito está pior na visão de 38% dos consumidores consultados, proporção que caiu em relação aos 42,1% de julho do ano passado. A combinação de melhora da inadimplência com o Desenrola e a queda dos juros esperada para o terceiro trimestre tendem a melhorar o acesso ao crédito na óptica dos tomadores.
Na comparação anual, os indicadores relativos ao consumo (nível de consumo, renda e perspectiva de consumo no curto prazo) apresentaram os maiores crescimentos. O avanço na intenção de consumir em julho, novamente, foi mais expressivo entre os consumidores de rendas média e baixa (3,0%), do que entre os consumidores de renda alta (2,4%).

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